A advogada Danielle Vellasco, vítima de violência doméstica que vem sendo perseguida pelo ex-marido inclusive nas dependências da OAB/Niterói, onde trabalhava, foi recebida por lideranças da Seccional e da Caarj nesta segunda-feira, dia 11, para, juntas, traçarem estratégias jurídicas que visem à célere punição do agressor e garantam a segurança da colega e de sua filha de 11 anos. Segundo Danielle, ex-presidente da Comissão de Assistência às Vítimas de Violência Doméstica da subseção, a violência começou em março de 2021 e já motivou sete medidas protetivas contra o ex-marido, que se estendem também à filha do casal. O presidente da OABRJ, Luciano Bandeira, a vice, Ana Tereza Basilio; a presidente da Caarj, Marisa Gaudio, e a chefe de gabinete da Presidência da Caixa, Rebeca Servaes; o secretário-geral da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária, ítalo Pires, e a integrante do grupo Sônia Soares; e a secretária-geral da OAB/Mulher, Flávia Monteiro, compuseram a comitiva de acolhimento a Danielle, bem como a assessora da vice-presidência da OABRJ e membra da OAB/Mulher Marilha Boldt, que assumiu a defesa de Danielle. Entre as ações imediatas está uma diligência dos advogados da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária ao fórum de Niterói para despachar com o juiz da vara especializada. Os representantes da Seccional entregarão ao magistrado um ofício que formaliza o interesse da OABRJ no caso. O boletim de ocorrência do último episódio de violência, foi registrado por Danielle na Delegacia Especial de Apoio à Mulher de Niterói na quinta-feira, dia 7, quando o agressor invadiu o prédio da OAB/Niterói. “Estamos todos aqui para cuidar do seu caso. Você terá todo o suporte que for necessário, tenha certeza disso. Você está sendo vítima de algo muito grave, e nossa obrigação é lhe dar apoio, porque violência doméstica no Brasil é algo muito sério, as pessoas morrem por causa disso. Vamos acompanhar o pedido de prisão do agressor”, disse Luciano a Danielle. “Recebi todo o apoio de Luciano e Ana Tereza. O tratamento e o suporte que me deram na OAB fizeram com que eu me sentisse acolhida. Eu me senti acolhida porque aqui é minha casa também. Tenho orgulho da minha instituição”, afirmou Danielle. No sábado, dia 9, a Diretoria da OABRJ havia informado, por meio de nota oficial, que daria todo o apoio necessário a Danielle. Pioneira em diversas ações visando à igualdade de gênero e primeira Seccional a criar uma diretoria exclusiva para tratar dos direitos das mulheres, a OABRJ enfatizou no texto que "reafirma seu absoluto repúdio a qualquer tipo de violência e reitera que a luta pela igualdade de gênero continuará sendo um dos pilares da atual gestão".