A Subseção de Maricá tem agora uma Comissão da Igualdade Racial, presidida pela advogada Márcia Braz. A instalação do grupo, na sexta-feira, 22, teve a participação de diversos coletivos ligados ao movimento negro do Rio de Janeiro e da juventude negra da União Maricaense dos Estudantes (Umes). O evento teve também caráter ecumênico: reuniu católicos, evangélicos e povos de axé. Os depoimentos dos militantes e a apresentação de cânticos das religiões de matriz africana emocionaram o público. A história de Maricá, município da região metropolitana do estado, é marcada pela escravidão. Por suas fazendas passaram a Princesa Isabel e o Conde D’Eu. A cidade teve cinco grandes quilombos, cujas histórias serão reconstruídas pela comissão. O insumo serão os livros de registro guardados nesses locais e os títulos de compra e venda de pessoas escravizadas mantidos em cartórios da cidade. Essas histórias darão forma a um livro, que a subseção espera lançar em 2020. “Temos certeza de que esse evento marcou a história da OAB e do município, contribuindo para a formação da consciência de igualdade e da importância da mobilização social, valorizando, assim, o Estado democrático de Direito”, afirmou o presidente da subseção, Eduardo Carlos de Souza.