05/06/2013 - 16:37

COMPARTILHE

Procura por oficina gratuita de noções de informática leva Ordem a estender aulas

05/06/2013 - 16:37

Procura por oficina gratuita de noções de informática leva Ordem a estender aulas

  • Cássia Bittar
Se a transição para o processo digital está difícil para quem já utiliza o computador no dia a dia, como será para os colegas sem noções fundamentais de informática? Pensada para atender a essa demanda, a Oficina de Informática Básica para o processo eletrônico, elaborada pela Superintendência de Projetos Especiais, pela Diretoria de Inclusão Digital da OAB/RJ e pela Caarj, já é um sucesso. Em dois meses, o curso, gratuito e realizado aos sábados na Casa do Advogado, na Rua do Rezende, capacitou cerca de 300 colegas.
 
“Oferecemos 19 vagas em cada turma. O número reduzido se justifica pela necessidade de atendimento integral pela equipe, composta pela área técnica da Seccional”, explica a diretora de Inclusão Digital da OAB/RJ, Ana Amelia Menna Barreto. Devido à grande procura, a oficina, que inicialmente teria apenas seis turmas, deve ser estendida até o fim do ano.
 
Segundo Ana Amelia, a intenção é capacitar os colegas a utilizar o computador de forma de que possam peticionar eletronicamente com maior segurança, habituados com suas ferramentas. “Após os cursos promovidos sobre PJe-JT, certificação digital e peticionamento eletrônico, notamos que as dificuldades em operar na Justiça digital continuavam para um grande número de colegas. Analisando as reclamações e dúvidas apresentadas, ficou claro que muitos deles sentiam falta de noções básicas de informática antes que pudessem absorver os novos procedimentos necessários à transição profissional”, relata.
 
Durante as aulas, os professores Adriano Siciliani, Carlos Wellisch e Rodrigo Burgos mostram na prática como utilizar editores de texto e navegadores, modelos de petição, arquivos em formato PDF, digitalização de documentos, compactação de arquivos, noções de organização, além de dar dicas e recomendações para o cotidiano do advogado.
 
“Não é mais uma opção do advogado ser digital. Ele deve estar preparado para essa nova fase do Direito e deixar a resistência de lado, entendendo que a novidade não afeta só a nós, mas a todos os profissionais do meio”, observou a advogada e membro da Diretoria de Inclusão Maria Luciana Souza, ao fazer a introdução de uma aula.
 
Entre os presentes, desde colegas mais velhos, muitos sem nunca sequer terem sentado em frente a um computador, até advogados mais jovens. Uma delas, Eliane Felix da Costa, de 41 anos. “A aula foi muito proveitosa para nos ajudar a entender a aplicação do sistema”, elogiou.
 
“Para mim, acostumado à datilografia na máquina de escrever, fazer um curso de informática proporcionou muita alegria. Acredito que vou longe”, afirmou Cesar Luiz Pereira, de 69 anos. Aos 67, Maria José dos Santos teve, na aula, seu primeiro contato com um computador: “A advocacia só pode prosseguir e prosperar com o advogado inteiramente entrosado no meio digital. Vou continuar me dedicando para poder prosseguir bem na profissão”, disse ela.
 
“A experiência é altamente gratificante. Vivenciamos as dificuldades de aptidão técnica que afligem os advogados e somos recompensados pelo conhecimento que eles adquirem”, relata Ana Amelia.
O curso é realizado em três horários – 9h, 11h15 e 14h –, três sábados por mês. Os interessados devem se inscrever previamente, por meio da Central de Atendimento, pelo telefone (21) 2730-6525.

Abrir WhatsApp