Com objetivo de ajudar mulheres vítimas de agressões - sejam elas advogadas ou não - a reconhecerem o risco a que estão sendo submetidas a tempo de pedir ajuda antes que sofram a violência final, a OAB/Nova Iguaçu lançou, nesta terça-feira, dia 30, Dia Nacional da Mulher, o projeto "Termômetro da violência". Com o mote: "Violência nunca mais; feminicídio zero", trata-se de um questionário com 29 tipos de agressões listadas de acordo com a gravidade, de forma progressiva, que indica se é o caso de a mulher apenas tomar cuidado; se chegou o momento de reagir e pedir ajuda a alguém ou se já é o momento de ir a uma delegacia especializada para registrar uma ocorrência, pois sua vida está em risco. No verso, há uma lista de telefones para buscar socorro (veja abaixo). Em breve o formulário entrará no ar através desse link. A vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, e o secretário-geral da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj), Mauro Pereira, participaram do evento, cuja condução ficou a cargo do presidente da subseção, Hilário Franklin, e da presidente da Comissão Permanente da Mulher Advogada (CPMA) da OAB/Nova Iguaçu, Cátia Caldas. O coordenador-geral da ESA na subseção, João Bosco Filho, também esteve presente. “A comissão tem como principal viés o trabalho voltado para a não-violência contra a mulher e o atendimento das que sofrem violência. A subseção lança esse projeto para que a mulher possa entender qual grau de violência ela está sofrendo e como ela pode encontrar ajuda, como reagir e quais cuidados tomar”, explicou a presidente da CPMA.Basilio diz que o projeto traz um olhar mais atento às mulheres vítimas de violência. “A Ordem tem como uma das principais bandeiras a defesa de mulheres advogadas e da sociedade civil. A iniciativa aqui em Nova Iguaçu faz justamente isso, atua pelas tantas mulheres que sofrem e não conseguem identificar as formas de abuso”, declarou a vice-presidente da OABRJ. O presidente da OAB/Nova Iguaçu destacou a importância do projeto voltado às mulheres que sofrem com a violência, seja no âmbito profissional ou pessoal. “O foco do projeto é de inclusão e empoderamento da mulher, com orientações e números úteis para buscar socorro”, diz Hilário. Saiba como encontrar a Ouvidoria da Mulher da OABRJ A Ouvidoria da Mulher da Seccional disponibiliza um canal de atendimento para receber denúncias e demandas, sejam de mulheres advogadas ou não. Os contatos são: WhatsApp (21) 99753-9037 ou pelo formulário do Fale com a OABRJ, localizado no topo da página do Portal da Ordem. Os pedidos de auxílio devem ser feitos apenas via texto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Outros telefones úteis para vítimas de violência são: 190 - Polícia Militar 180 - Central de Atendimento à Mulher 197 - Polícia Civil 127 - Ministério Público 129 - Defensoria Pública Subseção homenageia a vice-presidente da OABRJ Ainda em alusão ao Dia Nacional da Mulher, a OAB/Nova Iguaçu homenageou a vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, pelos anos dedicados à advocacia e à Ordem. Houve também apresentação do livro "A vitória do devido processo legal" (RBNT. Editora), de autoria de Basilio, que detalha as arbitrariedades sofridas pela vice-presidente durante o exercício profissional. “O livro não tem rigor literário, mas dá relatos das dificuldades enfrentadas em uma carreira que ainda é muito masculina, como a advocacia”, refletiu Basilio. “Muita gente nos vê hoje aqui e acreditam que já nascemos assim, mas, como a maioria das mulheres, tive que trabalhar com muito mais afinco para provar meu valor e ser respeitada como os homens são na profissão. Sempre acreditei que, através do estudo e do trabalho, não há barreiras impossíveis de ultrapassar”. O presidente da subseção, Hilário Franklin destacou: “A liderança feminina deve ser respeitada, seja dentro da Ordem ou em qualquer outro local. No livro, Ana narra os acontecimentos vividos e demonstra a força de trabalho de uma pessoa que se dedica à profissão”. Celebrado anualmente no dia 30 de abril, o Dia Nacional da Mulher foi instituído em 1980, por meio da Lei nº 6.791, em tributo à enfermeira brasileira Jerônima Mesquita, que liderou um movimento feminista no Brasil e colaborou na criação do Conselho Nacional das Mulheres. A data, assim como o Dia Internacional da Mulher, celebrado a cada 8 de março, resgata a luta de diversas mulheres pela conquista de direitos, espaço e voz na sociedade.