27/02/2024 - 13:07 | última atualização em 28/02/2024 - 17:57

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Adolescentes da Mangueira conhecem a OABRJ em projeto que recepciona jovens de periferia

Biah Santiago



As portas da sede da OABRJ ficaram abertas para a entrada de adolescentes moradores da Mangueira, que puderam, nesta segunda-feira, dia 26, conhecer as instalações e ouvir as histórias que cercam a entidade representativa da advocacia - e que acabam contando também a História (com h maiúsculo) da sociedade brasileira. Mônica Alexandre Santos, secretária-adjunta da Seccional, é responsável pela iniciativa, com apoio da Associação de Moradores da Mangueira.

Para assistir ao encontro na íntegra, basta acessar o canal da OABRJ no YouTube.

“O compromisso é devolver tudo aquilo que nos foi entregue durante a construção de nossa trajetória como advogados e advogadas”, diz Mônica.


“A ideia é que vocês possam contar a história de vocês, pois vocês têm o direito de estar e serem o que quiserem. A nossa cor nos precede, e não é fácil conviver em ambientes onde não somos vistos, mas espero que todas as histórias narradas aqui sejam inspiradoras e transformem a realidade de cada um de vocês”. 



Vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio apontou algumas ferramentas que podem ser úteis para se atingir o sucesso na carreira.

“Com dedicação, responsabilidade, ética e seriedade, podemos conquistar muitos dos nossos objetivos pessoais e profissionais. A chave é correr atrás do conhecimento e do aperfeiçoamento”.

Também compuseram a mesa a presidente da Associação de Moradores da Mangueira, Erika Santos; a juíza do Trabalho, desembargadora e coordenadora do Subcomitê de Equidade Racial, Marcia Regina Leal Campos; o conselheiro da OABRJ Marcos Luiz de Souza; o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) José Luiz Campos Xavier; e a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Elisiane dos Santos.

Erika Santos, a responsável pelo projeto social na Mangueira, afirmou que iniciativas como essa dão um vislumbre de futuro para os jovens.


“Estou emocionada em poder trazer esses jovens aqui na OABRJ, porque essa é uma oportunidade que, provavelmente, em outros tempos não aconteceria. Eles precisam saber e ver de perto o que acontece aqui dentro”, declarou Erika.



“Eles ainda não têm noção de futuro, mas é nossa missão apresentar a eles opções na vida e tirar esses jovens dos lugares errados”.

A segunda mesa do encontro foi composta pelo subcorregedor da Seccional, Mario Leopoldo; pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Barra da Tijuca, Paulo Castro; pela juíza do TRT1 Joana Duha Guerreiro; e pela servidora do tribunal Rosana Matos.

As trajetórias de dirigentes da Seccional e de demais operantes do Direito foram compartilhadas com os jovens, que visitaram os principais espaços do prédio guiados pelo chefe do Departamento de Apoio às Subseções, Walter Godoy: os plenários Evandro Lins e Silva e Carlos Maurício Martins Rodrigues; e o Salão Nobre Antônio Modesto da Silveira, a Procuradoria-Geral e a parte administrativa da OABRJ. 

Jovem advogado e licenciado em letras, Thiago Braz - que conquistou o primeiro lugar em concurso de artigos para a advocacia negra organizado pela OABRJ ano passado - contou parte de sua história de vida e trajetória profissional aos adolescentes.


“Sempre faço a análise de quantas pessoas pretas estão frequentando e ocupando os mesmos espaços que eu, um homem negro. A trajetória é difícil, como povo preto temos dificuldades de acesso, mas, se pudermos plantar uma semente em cada um de vocês, será gratificante”, refletiu Braz.



Ao final do evento, livros sobre conceitos que cercam o universo jurídico foram sorteados.

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