25/06/2008 - 16:06

COMPARTILHE

'Apagão' no TRT: OAB/RJ participa de ato para cobrar providências

'Apagão' no TRT: OAB/RJ participa de ato para cobrar providências

 

 

Da redação da Tribuna do Advogado

 

25/06/2008 - Nesta quarta, dia 25, a OAB/RJ participou de um ato público em frente ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-1), para cobrar providências em relação à precariedade do novo sistema de acompanhamento de processos (SAPWeb). A manifestação, que aconteceu apesar da chuva, foi convocada em conjunto com o Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, a Associação Fluminense de Advogados Trabalhistas (AFAT), a Associação Carioca de Advogados Trabalhistas (ACAT), o Sindicato dos Servidores das Justiças Federais/RJ (Sisejuferj) e a Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho da 1ª Região (ASJT-Rio).

 

O ato teve também a presença da juíza responsável pela distribuição dos processos, que aproveitou o carro de som do Sindicato para instar os advogados a serem mais compreensivos. "Não é momento de agredir, precisamos de abraço, de colo", pediu ela.

 

Na opinião do presidente da Seccional, Wadih Damous, o fato é que advogados e população que utilizam a justiça trabalhista estão vivendo um caos que poderia ter sido evitado. "Por teimosia e ineficiência, a administração do TRT insistiu na implantação desse sistema. Se não oferecem solução para o problema, vamos buscá-la junto ao CNJ e ao TST. Temos o apoio da maioria dos magistrados e servidores, porque todos estão sendo prejudicados", afirmou Wadih.

 

O representante da ASJT, Eduardo Brasil, confirmou a união das categorias contra a administração do Tribunal. "Fomos convocados para municiar com informações a empresa que criou o sistema. O parecer da comissão dos servidores foi contrário à implantação. O Tribunal então destituiu a comissão e nomeou outros funcionários. Mas como disse o presidente da OAB/RJ, quando a causa é justa, as entidades se unem e saem vitoriosas", concordou Brasil.

 

"O TRT-1 já era um dos mais lentos do país. Agora, com o novo sistema, está paralisado. O ambiente de rede sequer suporta o sistema, o que comprova que a medida não deveria ter sido tomada. O resultado é que a rede cai a toda hora, o Tribunal está funcionando com dez, 20% da produtividade anterior", criticou Sérgio Batalha, presidente do Sindicato dos Advogados.

 

A juíza Nedi discordou, defendendo a tese de que o Tribunal não estaria parado. "Nunca tivemos 15 mil processos represados no distribuidor, isso é mentira. São apenas 13.086 processos", discursou ela, provocando comentários irônicos entre os advogados.

Abrir WhatsApp