Britto e Wadih vão ouvir comunidade no Morro da Providência Do site do Conselho Federal 19/06/2008 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, e o presidente da Seccional da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, vão reunir e ouvir amanhã (20), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, as lideranças comunitárias, entidades de defesa dos direitos humanos e familiares dos três jovens assassinados no último sábado, depois de entregues por militares do Exército para traficantes do Morro da Mineira. Britto e Damous iniciam a visita ao Morro da Providência às 9h30, pela sede da Associação Comunitária, onde ouvirão os moradores sobre fatos envolvendo violência e mortes denunciadas, com participação de militares, para os quais a OAB está cobrando punição rigorosa às autoridades. Ainda pela manhã, eles se reunirão com o delegado da 4ª DP, Ricardo Dominguez, responsável pelo inquérito sobre as mortes dos três jovens da Providência. Estarão acompanhados do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que instituiu comissão especial no âmbito do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) para investigar e acompanhar os inquéritos que apuram o envolvimento dos onze militares do Exército na morte dos rapazes do Morro da Providência.Além do próprio Vannuchi e de Britto, integram a comissão a subprocuradora geral da República e procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Pereira de Carvalho, e a professora de Direito Constitucional, Flávia Piovesan. A agenda de trabalho para o Rio de Janeiro da comissão especial que apura as mortes dos jovens do morro da Providência, da qual participa o presidente nacional da OAB, prevê ainda reunião com autoridades militares na Companhia do Comando Militar do Leste às 14h30, em prosseguimento à avaliação dos episódios envolvendo a presença de militares do Exército na morte dos rapazes do Morro da Providência. Às 17h, a comitiva se encontrará com parlamentares na Assembléia Legislativa. De acordo com o ato de sua criação, "a comissão vai investigar no próprio local o que realmente ocorreu, acompanhar os inquéritos em andamento e empenhar-se para que os procedimentos judiciais resultem em punição exemplar e ágil".