02/07/2019 - 14:45

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CDMD discute mercado de beleza com marca de cosméticos orgânicos

Clara Passi

O negócio da beleza, cujos atores são os grandes conglomerados bem como as pequenas marcas orientadas por propósito, nicho que vem ganhando cada vez mais espaço, foi tema do evento que a Comissão de Direito da Moda da OAB/RJ promoveu nesta terça-feira, dia 2, na Seccional. O encontro reuniu os representantes da marca de cosméticos Simple Organic (cujos produtos são vendidos como orgânicos, veganos, sustentáveis e não testados em animais), Bernardo e Juliana Paiva, e as advogadas Flávia Vasconcelos e Renata Lisboa, ambas membros da CDMD. Lisboa, 1ª vice-presidente do grupo, foi anfitriã do encontro. 

“Como está na moda ser sustentável e verde, grandes empresas se aproveitam da onda sem entregarem, de fato, produtos integralmente sustentáveis. Até porque a legislação brasileira não obriga que os produtos sejam 100% livres de ingredientes sintéticos para ganharem o selo de orgânico. É preciso ter cuidado com o greenwashing [apropriação de virtudes ambientalistas por parte de organizações ou pessoas, mediante o uso de técnicas de marketing e relações públicas]”, explicou Bernardo Paiva, que administra uma franquia da Simple Organic. 

Lisboa chamou a atenção para as especificidades dos regimes de fraqueamento e para a velocidade com que a cultura de consumo vem mudando: “Há apenas 20 anos, usávamos batom “24 horas” preocupadas apenas se o pigmento ia se fixar por longos períodos. Agora, a indústria  da moda e os cosméticos vêm se moldando para atender à movimentação social, à conscientização do consumidor”, disse a advogada.

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