03/06/2022 - 16:27 | última atualização em 06/06/2022 - 19:56

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Colégio de Presidentes de Subseção: comissão apresentou propostas para revisão da tabela de honorários

Felipe Benjamin

Com o compromisso de repensar a tabela de honorários, o Colégio de Presidentes de Subseção discutiu o tema nesta sexta-feira, dia 3. No comando da mesa, a vice-presidente da Seccional, Ana Tereza Basilio, instou os advogados e presidentes de subseção a auxiliarem a Comissão Especial para Revisão e Adequação da Tabela de Honorários Mínimos da OABRJ a buscarem uma solução para evitar a discrepância nos valores cobrados por serviços em todo o estado.

"Nós sabemos que temos realidades regionais realmente importantes. O que cobramos na capital não conseguimos cobrar no interior. Precisamos ouvir o presidente da nossa comissão de reforma da tabela de honorários. Precisamos debater esse assunto e precisamos auxiliar a comissão para que ela consiga desenhar um modelo que atenda as subseções neste tema crucial. Então a hora é agora. Esse é o momento para que as subseções sejam ouvidas", enfatizou a vide-presidente.

Primeiro palestrante, o presidente da comissão, Marcos Luiz Oliveira de Souza, destacou as dificuldades enfrentadas por advogados em todo o Rio de Janeiro.

"Há uma enorme incompatibilidade, não nos grandes escritórios da capital, mas na advocacia da massa lutadora. É para essa massa que estamos trabalhando. Enfrentamos uma pandemia em que tudo mudou. O nosso grande objetivo é fazer da tabela um parâmetro razoável para a advocacia média. Temos que acabar com essa ideia de que o advogado serve para olhar papelada, tirar dúvidas ou resolver pequenos problemas. Nós nos preparamos para exercer a advocacia e nosso tempo é o que temos para vender. É necessário cobrar consultas. O cliente acha que está fazendo um favor, e cabe a nós mostrar a toda a sociedade que o advogado é um profissional. Precisamos resgatar o orgulho que essa profissão gerava na população".


Ex-conselheiro da OABRJ, o advogado Renato Tonini falou sobre a composição da comissão que cuidará do tema.

"Precismaos de uma comissão que una todos os nossos advogados e advogadas para dar maior veracidade à nossa tabela", clamou Renato. "Queria chamar atenção para a nossa composição. Lá não há paridade de gênero. Há uma maioria absoluta de mulheres. Instamos todos os presidentes de comissões temáticas a se juntarem para que possamos reunir toda essa gama de informações para que possamos produzir algo que seja real e também regional".

Presidente da OAB Jovem, Amanda Magalhães falou sobre os desafios enfrentados pelos novos advogados na cobrança de honorários.

"A jovem advocacia já tem dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, e mais dificuldade ainda para se manter nesse mercado. É difícil avançar e mostrar nosso valor. A tabela que temos é totalmente irreal e nos coloca  em uma situação de cobrar um valor por consultas que é quase que o equivalente a dizer 'não nos contrate'. Mas esses advogados também têm que se sustentar e pagar suas contas. Toda a advocacia do estado precisa ser valorizada, precisa cobrar consultas e precisa de uma tabela honesta, digna e condizente com a realidade. É fundamental que as subseções participem, pois cada região tem suas particularidades", disse.

A mesa que tratou sobre este tema contou ainda com a presença da presidente da Caarj, Marisa Gaudio; do diretor do Departamento de Apoio às Subseções, Alfredo Hilário; da secretária-adjunta da OABRJ, Mônica Alexandre dos Santos; e do tesoureiro da Seccional, Marcello Oliveira.

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