30/07/2019 - 17:25 | última atualização em 30/07/2019 - 17:27

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Comissão debate polêmica sobre a flexibilização da caça dos javalis

Cássia Bittar

As políticas públicas sobre caça no Brasil e os debates atuais relacionados ao assunto, em especial a instrução normativa publicada em março pelo Governo Federal que detalha a regulamentação para controle e manejo do javali no Brasil, foram a pauta do evento que a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ realizou na manhã desta terça-feira, dia 30.

Na ocasião, o superintendente substituto do Ibama, Adilson Gil; a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro Daniele Trindade, que é consultora da comissão; e os coordenadores da CPDA Rogério Caldas (Coordenadoria de Animais Silvestres) e Franscisco Carreira (de Animais Exóticos), debateram a polêmica em torno da flexibilização da caça desses animais.

Considerado uma das espécies exóticas invasoras mais prejudiciais ao meio ambiente e à economia, o javali pode ser caçado em todo o país desde janeiro de 2013. Porém, a instrução normativa em questão mudou algumas regras para autorização da sua captura. O uso de armas brancas para o abate, por exemplo, agora é permitido. Mas o item mais preocupante para o presidente da comissão, Reynaldo Velloso, foi a regulamentação do uso de cães para a caça.

“Realizamos uma audiência pública em Brasília e apresentamos ao Ibama uma série de questionamentos sobre a caça aos javalis. Sim, o javali é considerado uma praga. Mas o governo não pode terceirizar a matança para que seja feita por pessoas físicas quando ele é quem devia estra fazendo esse controle”, observou Velloso, criticando o atual processo de autorização para caça.

O evento teve apoio do Instituto São Francisco de Assis (Isfa) e está disponível, na íntegra, no canal da OAB/RJ no YouTube.

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