30/04/2019 - 17:44 | última atualização em 30/04/2019 - 17:50

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Comissão de Direito Militar aborda situação jurídica das mulheres

redação da Tribuna do Advogado

              Foto: Luciana Botelho  |   Clique para ampliar
 
Clara Passi
A Seccional recebeu nesta terça-feira, dia 30, um público que não costuma circular normalmente por seus corredores: integrantes das Forças Armadas, notadamente mulheres, algumas de alta patente, como a contra-almirante da Marinha Dalva Maria Carvalho Mendes, a primeira mulher a se a ocupar o cargo na instituição. 
Foto: Luciana Botelho   |   Clique para ampliar

Força-tarefa da Comissão de Direito Militar e da OAB Mulher, o evento Mulheres da carreira militar – os desafios e o papel da mulher frente às organizações militares abordou os desafios da participação feminina nas tropas por diversos vieses. O jurídico ficou por conta da juíza federal da 1ª Auditoria da Justiça Militar da União Mariana Aquino, a primeira a palestrar. Depois, alternaram-se a capitã de Corveta da Marinha do Brasil e membro da Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana Marcia Andrade Braga, que participou via Skype, a coronel da Polícia Militar do Rio Andreia dos Santos Ramos; a primeira mulher piloto de helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do Rio, Rachel Lopes da Silva; a capitã da Força Aérea Brasileira e integrante da primeira Turma de Aviadoras da Aeronáutica Daniele Ferreira César Lins Chycziy e a capitã do Exército Sabrina de Oliveira Braga Carvalho.
 
A presidente da Comissão de Direito Militar e organizadora do encontro, Alessandra Wanderley, contou que o objetivo foi estreitar os laços da advocacia com as Forças Armadas e brincou com a dificuldade de se reunir tantos nomes numa data só para justificar os adiamentos que o evento sofreu.

A presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, que também está à frente da Diretoria de Mulheres, ressaltou o fato de ainda ser necessário haver cota de 30% nos quadros da Ordem como forma de compensação histórica e falou sobre o que norteia a Diretoria de Mulheres da Seccional, a primeira do sistema OAB. “[O presidente da Seccional] Luciano Bandeira entendeu que as mulheres precisavam de mais destaque para poder tocar as pautas que cercam o direito da mulher advogada”, disse ela.
 
O secretário-adjunto Fábio Nogueira saudou a iniciativa de a Ordem instrumentalizar o advogado que milita na área militar, um tema negligenciado nas universidades. “A aproximação da OAB com as Forças Militares era um dogma. O que aconteceu no passado deve ficar no passado. O que não quer dizer que não possamos criar pontes sem a intolerância que grassa no país. A OAB é a casa do respeito às opiniões divergentes”, afirmou.
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