05/02/2009 - 16:06

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Confederação Nacional da Indústria quer reforma trabalhista na pauta do Congresso

Confederação Nacional da Indústria quer reforma trabalhista na pauta do Congresso

 

 

Da Gazeta Mercantil

 

05/02/2009 - Em meio à crise econômica, que já atingiu a indústria brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer que a reforma trabalhista seja pauta do Congresso Nacional novamente, como forma de ajudar a combater a crise econômica atual.

 

De acordo com o presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da CNI, Robson Braga de Andrade, para as empresas industriais voltarem a gerar empregos será preciso "discutir a reforma trabalhista de tal forma que incentive as empresas e o setor econômico a contratar sabendo que terão parceiros na sua empresa e não apenas pessoas que vão ter a garantia de emprego independente da sua atuação como trabalhador".

 

Andrade ressaltou, porém, que o objetivo dessa proposta não é acabar com os direitos trabalhistas. Para ele, a terceirização e os encargos sociais que são pagos à União e aos estados e municípios, "mas que não se convertem em benefícios diretos para o trabalhador", devem ser discutidos. "Aquilo que é direito do trabalhador a gente tem que preservar, mas aquilo que é simplesmente aportado para a União, estados e municípios e não tem uma reciprocidade na prestação de serviços, a gente tem que discutir", afirmou.

 

A reforma trabalhista e outras, como a tributária e a política, além dos juros, são temas que estão sendo tratados no Seminário da RedIndústria, que começou ontem na sede da CNI, em Brasília. Os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA) participaram da abertura do evento, que será encerrado hoje.

 

Cardozo defendeu a reforma política como fator preliminar para a discussão de qualquer outra reforma a ser tratada no Legislativo. "Eu acredito que a reforma política é um pressuposto. Vamos falar, por exemplo, da reforma tributária. É uma complexidade tão grande de interesses, que só um sistema político que permitisse a constituição de pactos é que poderia nos levar a uma nova situação", avaliou o deputado petista, lembrando que será mais difícil que o parlamento se reformule se a sociedade não interferir.

 

Já Aleluia disse que é necessário aprovar projetos que reduzem deficiências, como os relativos a agências reguladoras e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Nós podemos ousar mais. Na área de logística, na área de concessão, nós podemos ousar mais na área de proteção aos negócios privados. Eu citei a questão dos confiscos on line, que termina destruindo a operação normal das empresas", citou o deputado.

 

Aleluia falou ainda da proposta de se criar, na Câmara e no Senado, um "gabinete para eleger o que pode ser feito para aliviar o sofrimento da população diante de uma crise de proporções gigantescas".

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