19/07/2022 - 16:31 | última atualização em 19/07/2022 - 16:42

COMPARTILHE

Conselho Nacional dos Direitos Humanos reúne-se na sede da OABRJ

Ordem tem apoiado entidade que realiza missão no Rio de Janeiro

Felipe Benjamin


A Mesa Coordenadora do Conselho Nacional de Direitos Humanos realizou sua reunião mensal na sede da OABRJ na manhã desta terça-feira, dia 19. A entidade, que tem realizado ações e missões no Rio de Janeiro, recebeu apoio institucional da Seccional e debateu a situação de comunicadores populares que enfrentam ameaças em sua luta pela defesa dos direitos humanos no país. Participaram do encontro o presidente do CNDH, Darci Frigo; seu vice, Yuri Costa, e a conselheira Virginia Berriel.

Entre os temas debatidos estiveram as visitas, realizadas na segunda-feira, dia 18, por uma comissão do grupo à Favela da Maré e ao Morro do Alemão, além da situação dos indígenas da nação Guaraní-Kaiowá, que enfrentam um cenário de violência e ameaças no Estado do Mato Grosso do Sul.

"Nos últimos meses, os indígenas têm sido alvos de diversas violências, incluindo assassinatos na região", afirmou o presidente. "O Conselho Nacional buscará agora, junto ao Ministério Público Nacional e à Polícia Federal, medidas no sentido de evitar que essas situações persistam".

Sobre as visitas às comunidades na Capital do Rio de Janeiro, Virgínia afirmou que um relatório será elaborado, apresentando as principais denúncias averiguadas na ação.

"O cenário que vimos é de falta de Estado e de políticas públicas que deixou a população abandonada à própria sorte", afirmou a conselheira. "E os comunicadores populares se encontram numa situação ainda mais vulnerável, pois estão sob forte vigilância e não conseguem fazer seu trabalho nas favelas. Trabalharemos recomendações a partir do relatório que será elaborado pela nossa Comissão de Comunicação".


Na semana em que se completaram 40 anos do assassinato do advogado Gabriel Pimenta, Darci Frigo falou sobre a atuação de advogados populares e defensores dos direitos humanos no Brasil.

"Precisamos neste momento defender a democracia e continuar apoiando advogados e advogadas populares que atuam nas demandas de defesa dos direitos humanos, cobrando políticas públicas para que essas pessoas possam exercer seu trabalho com segurança, sem correr riscos como tantos defensores dos direitos humanos", afirmou o presidente do CDNH. "Muitas coisas foram construídas ao longo desses anos, mas não conseguimos, na democracia brasileira, que essas violências fossem superadas. Então temos que continuar lutando para que a democracia e os direitos humanos tenham uma vigência efetiva no nosso país".

Abrir WhatsApp