20/05/2008 - 16:06

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Conselho da OAB/RJ decide medidas contra discriminação no Fórum

Conselho da OAB/RJ decide medidas contra discriminação no Fórum

 

 

Da Assessoria de Imprensa da OAB/RJ

 

20/05/2008 - O Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, reúne-se hoje (20/5) em sessão extraordinária, às 17h, para deliberar quais as medidas que serão adotadas em resposta ao descumprimento da promessa da presidência do Tribunal de Justiça de acabar com as revistas impostas apenas aos advogados na entrada do Fórum. Apesar da instalação de um equipamento com leitura ótica para as carteiras profissionais, só têm acesso liberado os que não portam pastas, bolsas ou envelopes.

 

"Ora, qual o advogado que não leva processos e documentos de seus clientes?", questionou o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous. Ele lembrou que desde o ano passado vinha negociando com o presidente do TJ, desembargador Murta Ribeiro, uma solução para o problema, que provoca longas filas na entrada do Fórum. Para tanto, a Ordem providenciou novas carteiras funcionais e pagou pela instalação da catraca com leitor ótico. Para as bolsas das advogadas, pastas e envelopes, foi aceita a instalação, ao lado da catraca, de um equipamento de raios X semelhante aos dos aeroportos.

 

"Nada temos contra medidas de segurança quando valem para todos, mas não aceitamos a discriminação. Agora, o Tribunal diz que não pode, tecnicamente, pôr o raio X ao lado da catraca. Isso quer dizer que voltamos ao ponto de partida, com revistas humilhantes só para os advogados. Se juízes, promotores, defensores públicos e serventuários não são revistados, por que seremos os únicos trabalhadores do Direito a passar por isso? O Fórum é nosso local de trabalho", lembrou o presidente da OAB/RJ.

 

Wadih Damous criticou ainda "o despreparo e a truculência dos agentes de segurança" que atuam nas entradas do Tribunal de Justiça. Na última quarta-feira (14), o advogado Rodrigo Salgado foi barrado na porta do Fórum porque havia um drops Halls, embalado em alumínio, que fez o alarme soar. Depois de revistado, Rodrigo passou pelo detector sem o drops no bolso e o equipamento não apitou, mas os seguranças insistiram em fazer nova revista, com o que ele não concordou, e por isso foi agredido, algemado e levado à carceragem por policiais militares em serviço no Fórum, conforme queixa registrada na 6ª Delegacia Policial.

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