16/06/2009 - 16:06

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Em debate na ABI, Wadih defende mudanças na política de segurança pública

Em debate na ABI, Wadih defende mudanças na política de segurança pública

 

 

Da redação da Tribuna do Advogado

 

16/06/2009 - Nesta terça-feira, dia 16, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) promoveu o debate Mídia e Violência, cujos painéis visavam a debater a influência dos veículos de imprensa em questões relacionadas ao tráfico de drogas, ao trabalho da polícia e também sobre a atuação das milícias.

 

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, foi o palestrante do primeiro painel do evento, que abordou A relação da OAB com os mecanismos de combate à violência. Segundo Wadih, desde que foi criada, a Ordem esteve diretamente ligadas a lutas políticas e sociais e, na realidade atual, não poderia ser diferente. "A agenda da OAB no passado teve a ver com a defesa da democracia, dos perseguidos. Hoje, vivemos, formalmente, em uma democracia, mas ela ainda é incompleta e essa luta se faz por outras razões", afirmou.

 

Ele acredita que, apesar de estarmos em um regime democrático, nem todas as camadas da sociedade são "atingidas" igualmente, nem pelos problemas nem pelos benefícios de um regime democrático. "Nós, da classe média, desconhecemos algumas situações que acontecem. Eu nunca tive notícia, por exemplo, de uma invasão a pontapés da Polícia Militar ou da Polícia Civil em uma cobertura na Vieira Souto", ressaltou. 

 

Para ele, a política de segurança pública adota atualmente no Estado não atende à principal demanda, que é a defesa das pessoas, especialmente as mais carentes. De acordo com Wadih, é necessário modificar amplamente as bases de sustentação do sistema de segurança. "A questão da segurança pública é absolutamente baseada nas noções de guerra, criminalização da pobreza e da política de enfrentamento. Isso precisa ser mudado. Não é abrirmos mão do papel coercitivo do Estado, mas desenvolvermos uma política mais ampla, com mais investimentos sociais e não somente calcada no confronto", resumiu.

 

Ao lado dele na mesa, estavam o presidente da ABI, Maurício Azedo, e o jornalista Wilson Fadul.

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