15/08/2019 - 14:06 | última atualização em 15/08/2019 - 14:33

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Denúncia da OAB/RJ ajuda a fechar canil ilegal no Grajaú

Local mantinha cerca de 60 animais em condições insalubres

Cássia Bittar

Após denúncia da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente fechou, nesta quarta-feira, dia 14, um canil ilegal no Grajaú, na Zona Norte do Rio, onde eram mantidos cerca de 60 animais. Foi constatada situação de insalubridade, com animais confinados em espaço insuficiente onde fezes, urina e ração se misturavam.

Pelas condições encontradas, o presidente da comissão, Reynaldo Velloso, definiu o local como “canil do terror". “Chegamos a esse canil por meio de uma denúncia anônima. Entramos em contato com a Polícia Civil, o Centro de Zoonoses, peritos, veterinários e responsáveis por abrigos", explicou.

Segundo reportagem do site G1, alguns dos bichos encontrados tinham tumores aparentes e outros não tinham um dos olhos. Também viviam no local alguns pássaros silvestres. O local foi interditado também pela falta de licença sanitária para operação e de certificados de vacinação dos cães. Segundo Velloso, os responsáveis pelo canil podem ser enquadrados pelo crime de maus-tratos, multiplicado pelo número de animais, além do crime por manter animais silvestres sem autorização do Ibama.

Os proprietários do local foram conduzidos por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) para prestar esclarecimentos.

Além da ONG Casa de Lázaro, os animais também foram levados para a ONG Quatro Patinhas e para a casa do resgatista Randel Silva. Todos também participaram ativamente da ação no canil ilegal do Grajaú. Randel, inclusive, foi um dos responsáveis pela denúncia. Também estiveram presentes agentes da Subsecretaria de Bem-Estar Animal e da Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa)

“Se a sociedade, ao invés de comprar animais, tivesse como prioridade a aoção, situações como essa iam mudar. Os abrigos estão lotados de cães e gatos, todos saudáveis, vermifugados, castrados, disponíveis para adoção. Precisamos mudar é esse pensamento e ajudar a combater comércios criminosos como este”, declarou Velloso.

Os animais resgatados passarão por exames e por castrações. Depois, eles devem ser colocados para adoção.

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