19/04/2024 - 19:50 | última atualização em 19/04/2024 - 19:51

COMPARTILHE

No Dia dos Povos Indígenas, Comissão de Direitos dos Povos Originários toma posse na OABRJ

Objetivo do grupo é usar o Direito para defender e preservar a cultura indígena

Ana Júlia Brandão



Em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta-feira, dia 19, a Comissão de Direitos dos Povos Originários (CDPO) da OABRJ tomou posse nesta manhã, em cerimônia na sede da Seccional. 

Assista na íntegra, pelo nosso canal do YouTube. 

O evento, que aconteceu com apoio da Associação dos Povos Originários (Apori), lançou o grupo oficialmente à toda a advocacia e apresentou o projeto “Aliança Verde Indígena”, iniciativa que tem como objetivo integrar a tecnologia como ferramenta de conservação da Floresta Amazônica e promover o bem-estar dos povos originários através de programas de desenvolvimento sustentável, educação, capacitação e fortalecimento da economia local.

Além da nomeação oficial dos integrantes da comissão, a solenidade teve apresentações culturais e danças tradicionais.

Compuseram a mesa o presidente da CDPO, Edson Ribeiro; a presidente da Apori e vice presidente da comissão, Iassonara Verissimo; a secretária do grupo, Laura Becker; o conselheiro da associação Yeddo Bittencourt; os líderes indígenas, Xicê Fulni-ô e Maryano Maya; e o artista e cordelista Luar Mendez. 

Edson Ribeiro declarou a importância da criação da comissão temática e reforçou a intenção do grupo de não medir esforços para apoiar a luta dos povos originários do Brasil. 

“A nossa ideia é capacitar a advocacia para que todo profissional possa exercer com dignidade e sabedoria a defesa dos povos originários, que foram usurpados, escravizados e mortos”, afirmou Ribeiro. “Esse genocídio dessa parcela da população, infelizmente, segue até hoje, e, por isso, estamos aqui para estudar e utilizar o Direito para defender e preservar a cultura indígena.”


A vice-presidente da comissão reforçou, em discurso emocionado, que é fundamental que a voz deste grupo que vêm sofrendo tantas ameaças ao longo de décadas seja ouvida, defendida e respeitada. 

“Queremos que nossas decisões sejam respeitadas e que nossas lutas sejam apoiadas. Queremos união e solidariedade para garantir a todos os povos originários acesso a educação, saúde, justiça e autonomia sobre suas terras.”

Abrir WhatsApp