Evento de estreia da Coordenadoria da Diretoria de Valorização da Advocacia no Âmbito da Diversidade da OABRJ, o encontro "Debates sobre a efetivação e integração da diversidade", realizado no fim da tarde de quinta-feira, dia 8, no Plenário Carlos Maurício Martins Rodrigues, na sede da Seccional, discutiu os desafios na construção de diálogos interseccionais na luta pelos direitos humanos dentro da advocacia. "Ter uma advocacia valorizada, que olha para a sociedade, mas que principalmente olha para a própria advocacia é o nosso propósito", afirmou o coordenador da diretoria, Diego Piassabussu, que comandou a cerimônia. "Nosso papel também é o de fazer com que essa advocacia discuta e debata temas relevantes como a diversidade para que possamos nos fortalecer e nos unir, sempre mantendo a lealdade à defesa da sociedade. E para isso precisamos que essa advocacia estude e se capacite". Após uma fala de abertura do presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OABRJ e consultor da diretoria, Henrique Rabello, formaram o primeiro painel a chefe de Educação Corporativa da consultoria Mais Diversidade, Janaina Gama, e o coordenador-adjunto da diretoria, Hilton Rodrigues. "O tema da diversidade é uma responsabilidade de todas as comissões, mas temos um grande desafio que é o da inclusão", afirmou Gama. "Todas as sociedades humanas foram construídas a partir das exclusões, excluir é o padrão, e isso é reproduzido nas corporações e instituições. E não basta apenas abrir as portas, é preciso fazer com que as pessoas participem sem restrições. Diversidade é chamar as pessoas para a festa, e inclusão é chamá-las para dançar. Aproveitando o dia 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos, é importante lembrar que ainda hoje, em 2022, temos muitas pessoas que não são vistas como seres humanos e não têm seus direitos assegurados". O segundo painel do evento foi formado pelo assistente social e professor do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), João Silva; a secretária-geral da coordenadoria, Fernanda Prado; e o integrantes da coordenadoria Danilo Pontes e Lecymar Paraguassu La Rubia. "A coordenadoria fala de advogados para advogados, mas é muito comum em grandes escritórios aqui do Rio ouvir que racismo, homofobia e transfobia são temas a serem evitados", afirmou Danilo. "Eu tive que me emoldurar dentro de uma postura héterocisnormativa para poder ser aceito, raspando a cabeça por uma questão de higienização da minha imagem. Essa coordenadoria será, e na verdade já está sendo, uma quebra de paradigmas. Não será fácil, como nunca é, mas é um início e sinto que juntos seremos vencedores nessa trajetória".