07/06/2022 - 11:19 | última atualização em 07/06/2022 - 11:52

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Educação financeira foi tema de encontro na OABRJ

Evento foi realizado pela Comissão Especial de Gestão e Empreendedorismo Jurídico da Seccional

Felipe Benjamin


Realizado na noite de segunda-feira, dia 6, no Plenário Evandro Lins e Silva, na sede da Seccional, o evento “Gestão na advocacia: aprenda como o cérebro toma decisões sobre dinheiro”, discutiu o impacto das decisões financeiras na gestão dos empreendimentos jurídicos.

Comandado pela presidente da Comissão Especial de Gestão e Empreendedorismo Jurídico da OABRJ, Ana Frazão, o evento teve abertura do vice-presidente do grupo, Diego Piassabussu, que destacou a importância do tema nos dias atuais.

“É muito importante que a advocacia tenha ciência do quão importante é alinhar a questão financeira e saber desmistificar essa temática”, afirmou o vice-presidente. “Saber lidar com dinheiro não é fácil e em um momento de crise, é pior ainda. Então nada mais louvável do que ter uma especialista falando conosco para que possamos sair daqui mais conscientes de como investir e aplicar, e sobretudo sobre como economizar”.


Advogada e especialista em neurociência e educação financeira, a palestrante convidada Carol Velloso falou sobre as dificuldades enfrentadas no processo de controle de gastos.

“A educação financeira é um tema bastante recorrente no momento, mas há algo que deve ser analisado antes, que é a questão do comportamento humano”, afirmou Velloso. “A raiz dos problemas financeiros está no cérebro e, apesar de todo um planejamento que possa ser feito, há toda uma série de fatores que influenciam o controle do dinheiro, como crenças familiares, normas sociais além de ansiedades e frustrações cotidianas que podem estimular os gastos”.  

Segundo a especialista, embora importantes, os planejamentos financeiros muitas vezes esbarram em padrões de comportamento que podem sabotar as boas intenções que os motivaram no início.

“O ser humano se apoia em cenários fáceis, comuns, familiares e seguros”, diz a especialista. “E o cérebro adora uma repetição, por isso muitas vezes fazemos muitas coisas no ‘piloto automático’. Lidar com dinheiro e se programar é justamente sair desse ‘piloto automático’. A escassez de tempo, dinheiro, atenção e energia nos leva a tomar as chamadas decisões ruins, nas quais o pensamento é de curto prazo, e as pessoas estão somente preocupadas em sobreviver, e estão mais propensas a perder prazos e compromissos".

A advogada concluiu sua palestra falando da importância de reconhecer objetivos e obstáculos para um planejamento financeiro bem sucedido.

“O que constrói patrimônio não é investimento, é o esforço de poupança, o quanto você deixa de gastar. Nos primeiros cinco a dez anos, o que mais fará diferença é o quanto você economizará. Depois disso, os juros compostos farão uma máquina de dinheiro para você. Mas é necessário mapear objetivos e obstáculos que possam estar limitando seu planejamento. É preciso estar consciente o tempo todo e criar novos hábitos, estabelecendo regras para si mesmo”.    

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