14/09/2023 - 18:56 | última atualização em 19/09/2023 - 16:54

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Escassez de presença feminina no sistema de Justiça está entre os temas Conferência da Mulher Advogada

Poder Judiciário tem apenas 38% de participação das mulheres

Yan Ney




Para fechar a III Conferência da Mulher Advogada, que vai discutir os desafios e oportunidades que mulheres enfrentam no exercício da profissão, um painel discutirá caminhos para incrementar a presença feminina no sistema de Justiça. Para trazer à luz um tema de extrema relevância para classe, a conselheira federal da OAB, Juliana Bumachar, mediará a mesa, que terá a participação da também conselheira Silvia Cerqueira; da chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Justiça, Lázara Carvalho; da desembargadora do TJRJ, Adriana Ramos; e da advogada no Direito das Mulheres, Ana Lúcia Dias.

Com o tema “A vez das mulheres: nossas vozes como protagonistas da transformação social e jurídica”, o encontro pretende conscientizar a classe sobre a importância de se reconhecer e valorizar as histórias e as conquistas das mulheres que ocupam ou aspiram a ocupar cargos de liderança no sistema de Justiça. Ao final da Conferência, haverá entrega das placas de reconhecimento para Ivone Ferreira Caetano, diretora de Igualdade Racial da OABRJ.

A necessidade de debater a atuação feminina no Judiciário surge quando se observa que apenas 38% de mulheres compõem seus quadros. Os dados são ainda mais alarmantes nas justiças estaduais; o Piauí lidera o ranking de menores participações femininas, com 25%, seguido por Roraima e Amazonas com 27%. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) reflete esses números. Dos 11 ministros, apenas dois são mulheres. A primeira vez que uma mulher alcançou a cadeira mais alta do judiciário foi em 2000, com a ministra Ellen Gracie, quando a corte completava quase 200 anos de existência.

"Nós, mulheres, conquistamos os espaços, e assim seguimos fazendo, por meio de constante esforço e dedicação em todas as atividades desempenhadas. É muito necessário debater a presença feminina no sistema de Justiça, especialmente no tempo atual, no qual estamos batalhando pela indicação de juristas mulheres às Cortes Superior e Suprema", destaca a mediadora do painel Juliana Bumachar.

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