05/05/2023 - 17:12 | última atualização em 05/05/2023 - 17:22

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Evento analisa uso da conectividade como aliada colaborativa em ambiente familiar

Discussão teve como base estudo de livro da Comissão de Práticas Colaborativas da Seccional

Biah Santiago



A Comissão de Práticas Colaborativas (Cepc) da OABRJ realizou, na manhã desta sexta-feira, dia 5, debate sobre a conectividade como aliada da colaboração em ambiente familiar, impulsionado pela obra coletiva “Família 4.0 - reflexões sobre a era da conectividade e tecnologia nas relações familiares”, de autoria das integrantes do grupo, Celia Caiuby e Patrícia Corrêa Sanches. Para assistir ao encontro na íntegra, acesse o canal da Seccional no YouTube. 

Segundo a presidente da comissão, Livia Caetano, o tema é necessário para provocar discussões não só entre advogados e advogadas, mas também com a sociedade.


“O nosso encontro traz um tema tão instigante, atual e convidativo à reflexão. Estamos aqui para saber o que temos de novidade na colaboração dos universos da tecnologia e familiar, assim como seus prós e contras”, analisou Caetano.



Ao lado de Livia Caetano, constituíram a mesa as advogadas Celia Caiuby e Patrícia Corrêa Sanches - também presidente da Comissão Nacional de Familia e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam); a presidente da Comissão Especial de Estudos sobre o Direito Sistêmico (Ceeds) da OABRJ, Marília Alves; e a presidente da Comissão de Mediação Arbitrária Práticas da Subseção Lauro de Freitas da Seccional da Bahia, Lizandra Colossi, todas palestrantes. 

Além das convidadas acima, as palestras também foram ministradas pela conselheira e presidente da Comissão Estadual da Mulher Advogada da OABSP, Isabela Castro; pela psicóloga clínica e colaboradora da Comissão de Práticas Colaborativas da OABRJ, Swami Gomes; e pelo advogado familiarista na Itália e fundador das soluções tecnológicas de parentalidade "Slidinglife" e "Parenting", Massimiliano Arena.

Os painéis do encontro discutiram pontos centrais à pauta, tais como relacionamentos virtuais e tecnologias humanas; a convivência familiar no ambiente digital; o impacto da comunicação na parentalidade; o abandono digital, responsabilidade parental, golpes através das redes sociais, entre outros temas.

“A intenção aqui é trazer a percepção de como relaciona-se a tecnologia, o Direito Sistêmico e a as práticas”, ponderou a presidente da Ceeds, Marília Alves.

“Temos um desafio ainda maior tratando-se das relações construídas nesse período tecnológico, se isso é um pré-conceito ou uma realidade. O sistema é um conjunto de diversas partes que se conectam para determinada finalidade, e a partir do mesmo que uma parte é excluída, já não existe mais uma visão sistêmica”.



De acordo com a advogada Celia Caiuby, a convivência digital deve-se partir de premissas que tornem esse convívio mais humano e afetivo.

“As práticas colaborativas foram vistas, durante a pandemia, como um método eficaz justamente pela sua extrajudicialidade, interdisciplinaridade, pelo olhar humanizado e cuidadoso, pela resolução de conflitos e a construção de consenso”, considerou Caiuby. 

Advogado e criador de ferramentas tecnológicas, Massimiliano Arena explicou a funcionalidade de suas plataformas, que servem como um suporte em períodos de conflito familiar, por exemplo, o divórcio e as causas de pensão alimentícia.

“Os projetos nasceram a partir de um momento pessoal que enfrentava, e serve para orientar profissionais da área que lidam diariamente com essas questões”, contou Arena. 


“A ideia é que as famílias estejam mais organizadas e que não causem ainda mais transtornos às crianças e adolescentes que passam pela situação de um divórcio entre os pais. Os serviços servem para auxiliar não só as pessoas que as utilizam, mas também o sistema judicial e todos seus atores. O nosso propósito é continuar evoluindo as ferramentas para que elas sejam de fato úteis para o cotidiano e que colaborem com a construção de sociedade que esperamos para os países e para o desenvolvimento de nossas crianças”.



O encerramento do encontro contou com sorteio de livros entre os participantes da plateia.

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