29/03/2023 - 16:33 | última atualização em 29/03/2023 - 16:44

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Evento na OABRJ discute os rumos do empreendedorismo jurídico

“Empreenda Jur 2.3" reuniu vários palestrantes na sede da Seccional

Felipe Benjamin



A Comissão Especial de Gestão e Empreendedorismo Jurídico da OABRJ levou, durante a terça-feira, dia 28, ao Salão Nobre Antonio Modesto da Silveira, na sede da Seccional, o evento "Empreenda Jur 2.3" que debateu o uso de técnicas do empreendedorismo para advogados que buscam fortalecer seu papel no mercado de trabalho.

"Embora seja uma profissão não mercantil, cada vez mais a advocacia depende de empreendedorismo e de iniciativa", afirmou a vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, em seu discurso de abertura.



"Somos, na verdade, pequenos e médios empresários e temos que atuar assim. Captamos, licitamente e dentro das regras éticas, é claro, nossos clientes, administramos escritórios, gerimos despesas e controlamos receitas. Então temos um forte lado de gestão. Nesse mundo digital é  cada vez mais importante tentar ser o mais empreendedor possível e tentar entender os rumos do mercado. Essa comissão vem com essa missão, de nos ajudar nessa trajetória".



Compuseram a mesa inicial do evento a presidente da comissão, Simone Amara; a presidente da Comissão de Mentoria Jurídica da OABRJ, Thaís Fontes; a presidente da Comissão de Previdência Social Pública e Complementar (CPS) da OABRJ, Suzani Ferraro; a tesoureira da OAB/Petrópolis, Priscila Braga; e o conselheiro da OAB Madureira/Jacarepaguá, Walter Guimarães.

A consultora de imagem Carolina Júdice, que falou sobre a gestão da imagem pessoal na palestra inaugural, também fez parte da composição. A construção de uma boa imagem também foi o tema da segunda palestra, realizada pelo empresário Márcio Cardoso, autor do livro "Não nasci para vender".

O evento contou com o apoio das comissões de Mentoria Jurídica, Atendimento à Pessoa Idosa, Defesa do Consumidor, Direito à Cidadania e Direito da Moda da OABRJ, além da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica do Rio de Janeiro (ABMCJ-RJ), da Associação das Mulheres Advogadas da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Amazoeste), e da Advocacia Preta Carioca - Umoja.

"O primeiro passo para que você dê certo dentro do mundo do marketing é se situar como profissional do Direito", afirmou o advogado e professor Renato Porto, responsável pela terceira palestra, 'Como prospectar nas mídias sociais?'.


"O que é que você faz bem? Todo mundo já pensou em largar a advocacia, e eu também, porque estava infeliz. Eu adoro falar, mas odeio escrever, e achava que a advocacia não era para mim, até trabalhar com meu sócio, que adora peticionar. No dia que enxerguei que meu negócio era falar, dar preço, estar com os cliente e estar no fórum, coisas que meu sócio detesta fazer, as coisas começaram a dar certo. E como eu era bom falando, fui para as redes sociais. O importante é saber qual serviço você quer prestar, e pensar no design dos seus serviços, em como eles serão apresentados aos clientes".



Formaram a segunda mesa do evento a presidente da Comissão Especial de Atendimento à Pessoa Idosa da OABRJ, Fátima Henriete; a presidente da Advocacia Preta Carioca, Ângela Kimbangu; o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/Barra da Tijuca, William Takachi; o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/Madureira-Jacarepaguá, Leonardo Tajaribe Jr.;  a presidente da Comissão de Tribunais Superiores da Associação Brasileira de Advogados (ABA), Mônica Flauzino; o advogado Bruno Cândido, e a presidente da ABMCJ-RJ, Rosana Juvêncio. Palestrantes do evento, o conselheiro da OABRJ e presidente da 8º Turma Julgadora do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Marcelo Pinheiro, e a contadora e CEO da Innove Contábil, Elisângela Castelo, também fizeram parte da composição.

"O Brasil tem o terceiro maior número de advogados no mundo e em breve pode atingir dois milhões de advogados", afirmou Elisângela.

"Segundo o Datafolha, 62% dos advogados brasileiros são autônomos, 27% têm escritórios, 6% atuam em órgãos públicos, e 4% em departamentos jurídicos. Esse é o perfil de atuação da advocacia no país. Ainda que façamos algo de cunho social, estamos dedicando nosso tempo a essa atividade, então é preciso enxergá-la de forma estratégica. Ter um CNPJ traz a desvantagem da burocracia, mas ela pode ser superada com um bom parceiro contábil. Há um número muito maior de vantagens, principalmente na área tributária. Advogados que atuam como pessoa física são tributados sobre seus ganhos em valores que vão de 7,5% e 27,5%. Você preferiria ser tributado em 27, 5% ou em 4,5%, que é o percentual quando se tem uma empresa? Certamente, a questão tributária é mais suave quando falamos de empresas".

O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da OABRJ no YouTube. Reveja quando quiser. 

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