07/06/2008 - 16:06

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Em evento na OAB/RJ, Tarso Genro defende plano nacional contra milícias

Em evento na OAB/RJ, Tarso Genro defende plano nacional contra milícias

 

 

Do jornal O Globo

 

07/06/2008 - Durante um ato público em repúdio à atuação das milícias, realizado nesta sexta, dia 6, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), o ministro da Justiça, Tarso Genro, falou da necessidade de um plano nacional para desarticular esses grupos de criminosos, que atuam em comunidades carentes. Segundo ele, já existem milícias em outros estados do país.

 

"O indicativo desse plano nacional está dado pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), com recursos que já estão à disposição dos estados", disse Tarso Genro. "É tão importante combater as milícias quanto o tráfico. Na raiz, esses dois movimentos estão integrados".

 

 

Resultados até agora são considerados insuficientes

 

Tanto o ministro quanto o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, consideraram insuficientes os resultados apresentados até agora pela polícia para elucidação do caso de seqüestro e tortura de uma equipe de jornalistas de "O Dia", na Favela do Batan, em Realengo.

 

Cerca de cem pessoas participaram do ato, entre parlamentares, advogados, representantes de entidades de jornalistas e também parentes de vítimas da violência. O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, cobrou uma ação mais efetiva do estado no combate às milícias. 

 

"Exigimos das autoridades da segurança pública saber quem são e quais foram os agentes públicos que participaram desse episódio bárbaro (do caso dos jornalistas) . Não podemos aceitar que o trabalho da imprensa seja vítima da selvageria", disse Damous.

 

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo, também cobrou resultados: "A ABI manifestou em nota pública a sua solidariedade aos repórteres, a 'O Dia', e expôs sua exigência de que o governo do estado promova as investigações necessárias para a identificação e prisão desses criminosos, que constituem um grave perigo para o estado democrático de direito".

 

O envolvimento de parlamentares com as milícias foi outro tema abordado. Para o presidente do Sindicato dos Advogados do Rio, Sérgio Batalha, o problema do crime organizado não está apenas no morro: "O problema está dentro da policia, do Legislativo (como estamos vendo) e até no Executivo".

 

A vereadora Andréa Gouvêa Vieira (PSDB) lembrou as próximas eleições: "Teremos 1,7 milhão de pessoas que não serão livres para votar este ano".

 

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