A Comissão de Direitos dos Autistas e seus Familiares da OABRJ realizou nesta terça-feira, dia 4, o encontro ‘diálogos sobre autismo’ no Plenário Carlos Maurício, localizado na sede da Seccional. O evento procurou tratar do autismo a partir da perspectiva de pessoas envolvidas na causa e passou por temáticas como os impactos do rol taxativo, derrubado em setembro no Senado, no tratamento de pessoas com esse diagnóstico. Compondo a mesa, a presidente do grupo, Anna Carolina Dunna Correa; a subsecretária de cuidados especiais da Casa Civil, Verônica Legentil; a psicóloga clínica e presidente da Associação Brasileira de Mutismo Seletivo e Ansiedade Infantil (Abramute), Francilene Torraca; o professor e advogado Marcelo Valio e a psicopedagoga Glauciê Gleyds. Na abertura, a presidente do grupo, Anna Carolina Dunna, retratou a relevância de encontros que tenham como proposta o debate sobre o autismo no contexto atual. “A nossa ideia é conversar sobre alguns temas que são bem difíceis para quem recebe o diagnóstico de autismo, como a questão dos planos de saúde, que não oferecem tratamentos decentes e com profissionais qualificados, a falta de mediação escolar e a ausência de médicos no SUS para diagnosticar e tratar essas crianças. Nós vemos essa situação com muita preocupação”, relata. O debate contou com a participação de Andrea Bussade, integrante da Comissão da Pessoa com Deficiência da OABRJ e superintendente de políticas para pessoas com deficiência da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Bussade é mãe do Gabriel, de 23 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O secretário-geral e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Jurídica da OABRJ, Álvaro Quintão também prestigiou o evento. “Em nome da Ordem dos Advogados do Brasil, eu parabenizo e agradeço pelo trabalho que essa comissão vem fazendo. Nós somos representantes da sociedade civil. A OABRJ é muito mais que um órgão de classe, de prerrogativas, é uma instituição reconhecida nacionalmente pela sua defesa da sociedade e nada mais a representa do que temas como esse serem debatidos”, afirmou Quintão. Ao final do encontro, foi aberto um espaço para realização de perguntas destinadas aos participantes por parte do público.