21/01/2008 - 16:06

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Greve de advogados da União ganha força, diz associação

Greve de advogados da União ganha força, diz associação

 

 

da Folha Online

 

21/01/2008 - A greve dos advogados da União ganhou força, segundo a Anauni (Associação Nacional dos Advogados da União). Segundo o presidente da entidade, José Wanderley Kozima, a adesão ao movimento cresceu depois que a AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação na Justiça contra a paralisação da categoria.

 

"O que temos visto é muito terrorismo para cima dos servidores públicos. Esse tipo de terrorismo acaba gerando um efeito contrário. Em vez de enfraquecer, esse tipo de atitude acaba fortalecendo o movimento", afirmou Kozima.

 

Os advogados da União entraram em greve na quinta-feira passada para pressionar o governo a cumprir um acordo de reajuste salarial da categoria. Pelos cálculos da Anauni, 70% dos 6.500 advogados da União em atividade aderiram ao movimento - contanto os inativos, a categoria conta com cerca de 11 mil servidores.

 

Kozima disse que os subsídios pagos hoje para a categoria giram em torno de R$ 10 mil mensais. "Esse valor está muito inferior aos subsídios pagos para as carreiras do Ministério Público Federal, por exemplo."

 

Ele descarta vincular as negociações salariais da categoria com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). "Uma coisa não tem relação com a outra. Nossa negociação salarial independe da CPMF. Queremos o cumprimento de um acordo negociado no ano passado e que já deveria estar em vigor."

 

Na semana passada, a AGU (Advocacia-Geral da União) informou que determinou o corte de ponto dos grevistas. Na sexta-feira, a PRU (Procuradoria Regional da União) ajuizou uma ação com pedido de liminar para suspender a greve dos advogados públicos federais.

 

Na ação, a PRU sustenta que o governo federal enfrenta sérias dificuldades orçamentárias após a rejeição da prorrogação da CPMF e o conseqüente corte de gastos nos Três Poderes. "Essas dificuldades, contudo, não significam de forma alguma que o governo se recuse a repactuar o reajuste", ressalta a ação.

 

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