28/01/2008 - 16:06

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Em greve, advogados da União preparam manifestação em Brasília

Em greve, advogados da União preparam manifestação em Brasília

 

 

Da Folha Online

 

28/01/2008 - O comando de greve do movimento dos advogados da União prepara para esta terça-feira uma manifestação em frente ao prédio principal da AGU (Advocacia Geral da União) em Brasília. Determinados a manter a paralisação, iniciada no último dia 17, os grevistas disseram ter obtido mais ânimo em decorrência da decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre - que considerou legal a paralisação.

 

"Vamos manter o movimento e aguardamos a retomada das negociações. A última decisão da Justiça nos deu mais ânimo para manter a paralisação", afirmou Jorge Messias, do Fórum Nacional dos Advogados da União. "Nesta terça-feira, temos encontro com o presidente da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] nacional, Cezar Britto, em busca de apoio para retomar as conversas com o governo", disse.

 

Na última sexta-feira, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Lenz concedeu liminar que invalida decisão da Justiça Federal do DF. Anteriormente, a Justiça Federal do DF havia decretado a ilegalidade do movimento. Na liminar, Lenz diz que o TRF é o órgão competente para julgar ação sobre a greve.

 

Segundo a liminar de Lenz, o objetivo da decisão é abster os advogados da União de "qualquer medida disciplinar, sancionatória, de retaliação ou de represália". Há ainda referência à determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de aplicar ao funcionalismo público a lei de greve válida para a iniciativa privada.

 

A assessoria da AGU informou que o comando do órgão irá recorrer à decisão do TRF, da 4ª região. Por enquanto, o recurso está sendo analisado.

 

No total, são 11 mil advogados da União - dos quais seis mil estão na ativa. De acordo com o comando de greve, 70% da categoria aderiu à paralisação. Os grevistas reivindicam reajuste de 30% dos salários, mas desde que o governo anunciou a necessidade de corte de R$ 20 bilhões do Orçamento de 2008, a previsão de reajuste do funcionalismo público foi suspensa.

 

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