As reuniões sobre a realização do primeiro censo que a OABRJ promoverá junto à advocacia fluminense tiveram um novo capítulo nesta quinta-feira, dia 2. Sob o comando da secretária-adjunta da Seccional, Mônica Alexandre, o grupo - reunido na sede da Seccional para elaborar as perguntas do questionário utilizado na coleta de dados estatísticos - se debruçou sobre os temas a serem abordados e as estratégias a serem adotadas. "Este não é um censo somente para sabermos a quantidade de pessoas na Ordem, mas também para entender, dentro dos grupos minoritários, o que se espera da advocacia fluminense", afirmou Mônica aos participantes do encontro. "Então fizemos alguns recortes para contabilizar os advogados negros, LGBTQIA+, jovens, idosos e com algum tipo de deficiência. Por isso, temos tantos convidados hoje para trabalhar conosco. Cada um de nós tem o poder de ampliar esse trabalho a partir dos dados que obtivermos no censo". Participaram da reunião representando a OABRJ o presidente da Comissão de Direitos Sociais e Interlocução Sociopopula, Marcelo Chalréo; o presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero (CDSG), Henrique Rabello; a presidente da Comissão Especial de Atendimento à Pessoa Idosa, Fátima Henriete, e a representante do Fórum Estadual de Mulheres Negras, Flávia Monteiro. Completaram a mesa a professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Glorya Ramos; as pesquisadoras no Núcleo Estruturante do Projeto Mulher + Segura da Uerj (parceira da OABRJ no projeto), Beatriz Silveira e Giovana Mariano de Jesus; os advogados Eduardo Castelo e Isaac Porto, e as coordenadoras do Foro de de Mulheres Negras Clátia Vieira e Neide Jane Prado. A ideia de um levantamento dos membros da Seccional começou a ser discutida após a adoção da cota racial de 30% nas eleições internas da OAB a partir de novembro de 2021. As discussões levantadas na ocasião evidenciaram a necessidade de dados mais consistentes sobre a composição da Ordem, no que diz respeito à raça e a todas as demais pluralidades sociais da advocacia. Segundo a secretária-adjunta, o grupo deve voltar a se reunir ainda no mês de março para definir importantes pontos da realização do censo. "Estou muito feliz em ter todas essas pessoas envolvidas hoje nesta reunião, trazendo os movimentos sociais e preparando o terreno para a chegada de outros movimentos que irão se juntar e participar do censo, devido à especificidade do nosso trabalho", afirmou Mônica. "Estamos trabalhando para ter uma busca ativa do recenseamento, para chegarmos até a ponta e sabermos efetivamente a qualificação e a quantificação do nosso objeto de estudo neste censo. A partir daí poderemos criar políticas públicas de dentro pra fora e de fora pra dentro, concretizando o sonho da advocacia e se unindo à sociedade civil".