O Centro de Documentação e Pesquisa da OABRJ lançou, na manhã desta terça-feira, dia 12, a Edição Especial da Revista Eletrônica da Seccional, a primeira escrita só por mulheres. Alusiva ao Mês da Mulher, a publicação reuniu artigos de mais de 20 operadoras do Direito sobre os mais diversos temas de interesse da advocacia, como a paridade de gênero implementada pela OAB em 2021. Leia aqui ou no Portal da OABRJ (Acesse o Menu Principal > Publicações > Revista Eletrônica OABRJ). Assista à transmissão do lançamento no canal da OABRJ no YouTube. Compuseram a mesa do evento a secretária-adjunta da Seccional, Mônica Alexandre Santos; o secretário-geral da entidade, Álvaro Quintão; o tesoureiro e presidente da Comissão de Prerrogativas da OABRJ, Marcello Oliveira; o diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OABRJ, Aderson Bussinger; e a conselheira seccional e coordenadora da Edição Especial da Revista Eletrônica do Mês da Mulher, Márcia Dinis; e a secretária-geral do Tribunal de Ética e Disciplina e uma das autoras do projeto, Alessandra Lamha. A cerimônia de lançamento teve apoio da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que esteve representada pelo diretor do foro da Justiça Federal, o juiz federal Eduardo André Brandão de Brito. “A questão de gênero permeia a excelência dos artigos. É importante que exista um trabalho acadêmico que mostre a qualificação de advogadas, que reflita sobre políticas para mulheres e o apoio ao desenvolvimento jurídico”, observou Dinis. “Antes, não nos era dada a oportunidade de falar, escrever e muito menos de sermos ouvidas. O Mês da Mulher não serve apenas para celebrarmos as nossas conquistas, mas serve também como um marco na luta pela emancipação e pela realização das mulheres no âmbito do Direito”. O diretor do Centro de Documentação e Pesquisa corroborou a fala da colega e ressaltou a relevância da publicação para as futuras gerações de advogadas. “O mês de março se consagrou através da luta de diversas mulheres ao longo do tempo, como as lutas pelo voto, pelo divórcio e a que é travada dia após dia contra o feminicídio, um dos principais horrores desse país”, constatou Bussinger. “O Centro de Documentação e Pesquisa nasceu da força de muitas mulheres advogadas e essa revista é pioneira, e tornou-se permanente”. Uma das autoras do projeto, Mônica Alexandre destacou a premissa do projeto, que, segundo ela, pode ser considerado uma fonte de aprendizado para a advocacia. “A proposta da Revista Eletrônica é trazer a democratização da leitura e dar a oportunidade a colegas advogadas que nunca tiveram seus artigos publicados de fazer parte de um projeto que compartilha ideias e experiências profissionais, contribuindo para o desenvolvimento do ordenamento jurídico”, disse a secretária-adjunta da OABRJ. As mesas do encontro contaram com as exposições das autoras sobre os temas abordados em seus artigos, que trazem a visão da mulher em diferentes especialidades do Direito. “A luta pela igualdade de gênero é ampla, e é nosso papel lutar por isso”, comentou a advogada Luiza Bruxellas. “Ainda temos muito presente no município e no estado do Rio a questão do feminicídio. Por mais que tenhamos uma série de políticas públicas em vigor, o número alto de casos tem a ver com a falta de percepção e de conhecimento da população geral sobre os diversos aspectos da violência”.