21/05/2009 - 16:06

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Lei Seca evita mais de 450 acidentes, segundo dados do Estado

Lei Seca evita mais de 450 acidentes, segundo dados do Estado

 

 

Do Jornal do Brasil

 

21/05/2009 - Desde que motoristas começaram a encontrar nas ruas, quase diariamente, os temidos bafômetros (aparelhos que delatam o nível de álcool no organismo, principal arma da Operação Lei Seca), os acidentes caíram em 23,6% no Rio de Janeiro. Os números são do Grupamento de Socorro de Emergência (GSE), da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. De acordo com o órgão estadual, ocorreram 1.423 acidentes de 1º a 30 de abril deste ano.

 

No mesmo período, no ano passado, foram registrados 1.862 acidentes. A presença de hálito etílico, de acordo com o GSE também sofreu redução de 14% nas colisões e quedas de motos, e de 10% nos atropelamentos. O resultado positivo, porém, não vai influenciar o modo como a Operação Lei Seca tem sido conduzida. Segundo o subsecretário de Estado de Governo e coordenador da operação, Carlos Alberto Lopes, todos os dias haverá agentes na rua equipados com os etilômetros.

 

A Operação Lei Seca, lançada no dia 19 de março, é uma política publica de governo e não uma campanha episódica. Não adianta fazer operações esporádicas. Tem que ser permanente. Essa campanha tem dois focos: Um é o educacional, o outro o fiscalizatório. Não adianta só fazer campanha, tem que doer no bolso explica o subsecretário.

 

Para embasar o que diz, Carlos Alberto Lopes apresenta alguns números. Ele conta que, desde o começo da campanha, os agentes abordaram 12.090 motoristas, multaram 2.573, rebocaram 812 veículos, apreenderam 1.600, testaram 560 com o bafômetro 10.899 pessoas (das quais 1.143 se recusaram a fazê-lo).

 

Foram liberados 10.276 motoristas, que passaram no teste. Sofreram infração criminal 201, e administrativa, 436. Para quem está surpreso com o número crescente de amigos e conhecidos reprovados no teste do etilômetro, que tiveram que desembolsar os R$ 957,70 da multa, uma informação importante: há 174 aparelhos desses no estado, concentrados nas vias que têm os índices mais altos de acidentes. Ou seja, não é difícil ter que soprar a engenhoca depois de uma noitada etílica.

 

A gente não está aqui para reprimir ninguém. Eu, por exemplo, adoro caipirinha. A nossa campanha, porém, diz simplesmente: não dirija depois de beber.

 

Para quem ainda não sabe, o motorista testado pode ter três resultados. Se der entre 0,00 a 0,10, ele é liberado. Se estiver entre 0,11 a 0,29, é punido com infração administrativa, tem a carteira apreendida (em 48 horas pode solicitar o documento de volta no Detran) e recebe multa de R$ 957,70, além de poder ter o carro rebocado se não houver ninguém sóbrio para dirigir por ele. Acima de 0,29 é infração criminal. A carteira é apreendida (e suspensa por um ano), aplicada multa de R$ 957,70, e o motorista é preso e levado à delegacia mais próxima, de onde só sai após pagar fiança (pode chegar a R$ 1.200). Além disso, o carro é rebocado se não tiver alguém para conduzi-lo.

 

E ele ainda vai ter que passar pela escolinha do Detran e responder a um processo criminal. Pode ser condenado a uma pena de seis meses a três anos de reclusão explica Carlos Alberto Lopes.

 

Apesar de ser uma apreciadora de cachaça, cujo dia nacional (a caninha tem uma data para ser celebrada) pretende comemorar hoje, a arquiteta Maíra Rocha não põe em risco sua segurança, nem das amigas com quem brinda.

 

Ou vamos de táxi ou de ônibus. Nunca de carro declara.

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