As resoluções para o novo ano incluem, muitas vezes, uma alimentação mais saudável. No entanto, a manutenção do novo hábito impõe desafios e, consequentemente, parte da população acaba desistindo desse objetivo. Os prazos serão retomados dia 20. Para aproveitar os últimos dias de férias da advocacia, voltar com saúde e colocar em prática as metas, o equilíbrio é essencial. De acordo com a nutricionista Juliana Passamani, a proposição de metas irreais é um dos motivos para a falha na continuidade do consumo balanceado de alimentos. “A principal dica que eu poderia dar para isso não se perder é não partir do oito para o oitenta, não fazer uma mudança muito drástica. Então, por exemplo, se a gente está falando de uma pessoa que não faz atividade física e ela bota na cabeça que quer fazer, a partir de janeiro, academia cinco vezes por semana, as chances disso virar uma coisa sustentável a longo prazo são menores. Faça mudanças graduais e sustentáveis na alimentação também.” A nutricionista alerta, ainda, para os riscos a curto e longo prazo do consumo constante de alimentos industrializados. Além de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, os ultraprocessados podem acentuar episódios depressivos. “A curto prazo, os riscos são problemas na qualidade de vida, que a gente pode perceber no dia a dia. Então, é o mau gerenciamento de estresse, é o sono prejudicado, isso em um contexto de uma pessoa que come muito mal. A deficiência de vários micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais, pode acarretar na sensação de cansaço extremo e desânimo. Inclusive, o consumo de ultraprocessados pode causar uma disbiose intestinal, que está ligada a sintomas depressivos”, afirma Passamani. No verão, a falta de apetite pode ser comum. Por isso, alimentos refrescantes, com alto teor de água, são uma boa aposta. Frutas como melancia, morango e melão, além de saladas cruas e frias, auxiliam na manutenção de uma alimentação equilibrada mesmo com o calor excessivo. A nutricionista ressalta que comer bem não é sinônimo de restrição, apesar da necessidade de estar atento às quantidades. Uma alimentação saudável gera um corpo disposto, segundo a especialista. “Energia suficiente para desempenhar funções durante o dia; manter um bom peso, adequado para a altura, que dê agilidade e não cause nenhuma lesão ou perda de massa magra; bons marcadores no exame de sangue. Uma alimentação que não exclui nenhum grupo alimentar é o que vai proporcionar tudo isso”, destaca a nutricionista.