23/10/2023 - 13:06 | última atualização em 23/10/2023 - 13:31

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No mote do 'Outubro Rosa', OAB Mulher discute medidas de prevenção e tratamento contra o câncer de mama

Biah Santiago



Como parte do movimento para estimular a participação da sociedade na campanha ‘Outubro Rosa’ contra o câncer de mama, a Comissão OAB Mulher RJ promoveu nesta segunda-feira, dia 23, evento para alertar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. É possível assistir ao encontro na íntegra pelo canal da Seccional no YouTube. 

Representando a presidente da comissão, Flávia Ribeiro, as coordenadoras dos Grupos de Trabalho da Saúde da Mulher, Pâmela Brito; e de Educação Jurídica, Úrsula Eustorgio, explicaram a relevância de conscientizar a população com a discussão de medidas sobre prevenção, tratamento e direitos das mulheres no âmbito da saúde. 

Fazendo um apanhado sobre a saúde da mulher e a criação de políticas públicas, a professora, conselheira da Seccional e presidente da Comissão de Direito e Economia da OABRJ, Taissa Romeiro destacou os desafios impostos à mulher ao descobrir a doença.

“O câncer mamário é um dos que mais matam no Brasil, então o acesso não é só ao identificar a doença, mas dar às mulheres o devido acesso preventivo e ao tratamento precocemente”, constatou a advogada.


“Na década de 1980, por exemplo, os direitos da mulher eram subjugados e avançamos a pequenos passos. Todos os direitos da mulher não cabem dentro do orçamento. Este evento é fundamental, não só do aspecto da informação, mas também, para dar visibilidade e cobrar das autoridades públicas sobre a violência contra a mulher e principalmente, olhando para a saúde desta mulher em todos os sentidos”. 



A pesquisadora e autora do livro ‘Aborto legal e seguro’, Maria Inês Lopa, expôs dados de sua pesquisa relativa ao aborto legalizado e contrapôs com notícias na mídia sobre o tema.

“Na pesquisa, nós questionamos: como funciona o acesso à informação?”, ponderou a pesquisadora. “A pessoa detentora do direito, neste caso a mulher, que deveria ser amparada pela hipótese de aborto legal, saiba como ela pode usufruir deste direito e realizar o procedimento sem tantos empecilhos”.

Em uma espécie de mesa-redonda, as palestrantes ressaltaram a importância do autoconhecimento para detectar a doença; o papel da doula no acompanhamento de gestantes; e os aspectos de prevenção e tratamento do câncer de mama, tais como a exposição de dados estatísticos e fatores de risco e genética.

As responsáveis pelas palestras do evento foram a médica mastologista do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Fernanda Labre; a presidente da Associação de Doulas do Estado do Rio de Janeiro (Adoulas-RJ), Gabriela Santoro; e a médica ginecologista e obstetra Camila Iung. 


“É muito difícil manter-se positiva durante o tratamento, mesmo com uma rede de apoio forte. A mulher que passa por todas essas tristezas, dúvidas e o convívio com outras pessoas que enfrentam o câncer, te debilitam e mexem com a autoestima”, declarou Camila, ao narrar sua experiência de enfrentamento da doença.



“A mulher não deixa de ser mulher enquanto luta contra o câncer. Ao terminar o tratamento nós não nos sentimos aliviadas de imediato, pois ainda iremos conviver com os sintomas e sequelas da doença que nos marcam, como ver o crescimento do cabelo e os exames posteriores de acompanhamento. É importante discutirmos isso e dar às mulheres a oportunidade do autoconhecimento e do diagnóstico precoce”.

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