10/09/2019 - 16:31 | última atualização em 10/09/2019 - 17:45

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OAB Mulher e Anacrim abrem 1º Curso de Advocacia Criminal Feminina

Clara Passi

A primeira edição do Curso Prático de Advocacia Criminal Feminina, que deriva de uma parceria da Comissão da Mulher Criminalista da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) com a Diretoria de Mulheres da OABRJ, foi aberta nesta terça-feira, dia 10, na Seccional. 

Com inscrições gratuitas para a advocacia, o projeto foi apresentado a um público majoritariamente feminino, que lotou o salão nobre da sede da OABRJ. 

Compuseram a mesa o presidente da Anacrim nacional, James Walker, o presidente e a vice da Anacrim Rio de Janeiro, Flávio Fernandes e Andréa Perazoli; e a presidente da Comissão da Mulher Criminalista da Anacrim Rio Janeiro, Caroline Schallbroch Araújo. A OAB Mulher esteve representada pela vice-presidente, Rebeca Servaes.

À mesa de abertura seguiu-se o primeiro módulo, com palestras das 9h às 13h, sobre, por exemplo, a atuação da advogada nos casos de assédio e violência contra a mulher. A segunda e última parte está agendada para a terça-feira, dia 17, e contemplará temas práticos como o atendimento em delegacias, presídios, Instituto Médico Legal (IMS) ou hospitais e o despacho com magistrados e o Ministério Público. 

“É um trabalho em parceria, precisamos dos homens. Se juntas somos mais fortes, com homens como aliados conseguiremos mudar essa sociedade e, realmente, valorizar nossa advocacia criminal”, disse Servaes. 

Walker, que preside também a Comissão Especial de Anticorrupção, Compliance e Controle Social dos Gastos Públicos da Seccional, comemorou o grande número de inscrições - foram mais de 360 e lotação esgotada, segundo ele. E anunciou o lançamento pela Anacrim de um livro, ainda sem título, que reúne artigos de mulheres sobre Direito e Processo Penal. O lançamento será na segunda quinzena de outubro. 

Para ressaltar a importância de a advocacia instrumentalizar-se com técnicas de atuação no dia a dia forense, Flávio Fernandes contou que mesmo hoje, com 98 júris realizados, ainda sofre do que o jurista Evandro Lins e Silva chamou de “estado de júri" - um estado de nervosismo que o acomete antes de realizar Audiências de Instrução e Julgamento, por exemplo.

"O curso ajuda a aprender a lidar com tal angústia", avaliou ele, que sublinhou as desvantagens causadas à mulher pelo machismo que sempre estruturou a sociedade e se reflete nos campos de atuação profissional.

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