OAB/RJ condena uso do exército na segurança pública e pede punição de responsáveis por assassinato de jovens do Morro da Providência Da Assessoria de Imprensa da OAB/RJ 16/06/2008 - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, Wadih Damous, criticou hoje (16/6) duramente o envolvimento de militares do Exército no assassinato de três jovens moradores do Morro da Providência. "O episódio demonstra claramente por que não se deve atribuir às Forças Armadas o papel da polícia de zelar pela segurança pública da cidade. Esta é uma competência do estado que está sendo desvirtuada, porque o Exército não é treinado para essa função". Para o presidente da OAB, "também é inadmissível que os militares sejam utilizados como seguranças num projeto eleitoreiro de um senador candidato a prefeito". Embora alguns setores da sociedade defendam o uso das Forças Armadas na segurança pública, para a OAB/RJ "o crime bárbaro praticado contra os três jovens da Providência mostra o resultado desse equívoco: militares envolvidos com criminosos, adotando práticas comuns a elementos podres da polícia estadual e aos milicianos que aterrorizam as comunidades onde o estado não se faz presente. Se há corrupção e falhas nas polícias, que se punam os corruptos e se corrijam as falhas, porque é para isto que a população paga impostos", disse o presidente da Ordem. "A OAB/RJ espera que o Exército venha a público explicar o envolvimento de seus militares nesse crime repugnante e que os responsáveis sejam punidos exemplarmente. O comando do Exército está obrigado a dar esta satisfação à sociedade", afirmou Wadih Damous.