OAB/RJ diz que greve na Justiça só tem dois prejudicados: o povo e os advogados Do site do Conselho Federal 09/11/2008 - O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, reivindicou nesta segunda, dia 10, do governador do Estado, Sérgio Cabral, a concessão do reajuste negociado junto aos serventuários da justiça comum do Rio - em greve há 50 dias - e pediu aos servidores sensibilidade e espírito público para a manutenção dos serviços essenciais, como o processamento e cumprimento dos mandados de pagamento. "É preciso que reconheçam que o movimento só tem dois prejudicados e nenhum deles é o 'patrão'. Quem se prejudica é o povo e os seus advogados". A greve dos serventuários da justiça do Rio ameaça emendar com o recesso de fim de ano, segundo alertou Damous. O motivo da greve é a não concessão, até o momento, do prometido reajuste de 7,3% com a manutenção da data base em 1º de maio. "Esperamos alcançar esses objetivos de forma negociada. Se não for possível, adotaremos as medidas judiciais cabíveis para que os nossos colegas, e os cidadãos por eles representados, não venham a ter os seus direitos irremediavelmente prejudicados", anunciou o presidente da OAB do Rio. O que não pode acontecer, ainda conforme alertou Wadih Damous em relação à greve, é que tanto a população quanto os advogados paguem o preço de uma exigência corporativa. "Essa greve, como qualquer uma no serviço público, só penaliza o povo carente da prestação jurisdicional, tornado refém de um movimento só preocupado com os seus interesses corporativos". Ainda segundo o presidente da OAB fluminense, na iniciativa privada, fazer a greve - direito inalienável dos trabalhadores - significa não trabalhar, mas também não receber salários, além de correr o risco de uma posterior demissão. "Já a greve com remuneração garantida e estabilidade no cargo não passa de falta ao serviço remunerado".