Em nota oficial, a OABRJ manifestou preocupação com mais um caso de confusão sobre o papel da advocacia, desta vez relacionada ao trabalho da advogada Luciana Pires, constituída para defender a delegada Adriana Belém. Misturar a atuação de advogados e clientes, segundo a Ordem, atrapalha a compreensão da sociedade sobre o papel indispensável da advocacia à administração da Justiça. Leia a íntegra do texto abaixo: Nota oficial A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Estado do Rio de Janeiro externa preocupação com a perseguição à advogada Luciana Pires, defensora constituída da delegada Adriana Belém, presa na última terça-feira. O direito de defesa do cidadão é inviolável, bem como é o trabalho da advocacia, previsto no artigo 133 da Constituição Federal como indispensável à administração da Justiça. Condutas persecutórias com o intuito de confundir advogados e seus clientes ferem a dignidade da advocacia e atrapalham a compreensão da sociedade, dando a entender que são os profissionais os responsáveis pelo avanço da criminalidade. É grave qualquer tentativa de buscar penalizar o advogado pelo mero exercício profissional. A OABRJ reafirma que violações de garantias não podem mais ser toleradas na democracia brasileira e que todas as medidas serão adotadas para a proteção das prerrogativas da advocacia e dos cidadãos. Rio de Janeiro, 11 de maio de 2022OABRJ