OAB/RJ quer apuração de denúncias de execuções Da Assessoria de Imprensa da OAB/RJ 23/05/2008 - A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, Margarida Pressburger, afirmou hoje (23/5) que está à disposição das famílias que denunciaram novas execuções de trabalhadores no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, e na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Margarida Pressburger oficiará o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o comando da Polícia Militar solicitando informações sobre os casos. Se as famílias quiserem, a Ordem poderá prestar assistência jurídica no acompanhamento dos inquéritos. "Lamentavelmente, a polícia continua mostrando total desprezo pela vida dos pobres e completo despreparo em suas incursões nas comunidades. As denúncias de assassinatos se sucedem sem que haja qualquer providência das autoridades ditas competentes", criticou. O pedreiro André Luiz da Silva Lima, de acordo com declarações de parentes publicadas na imprensa, foi detido, algemado e levado por policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) que realizavam uma operação no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, na quarta-feira. No mesmo dia, André foi encontrado num matagal com um tiro no peito. Na Vila Cruzeiro, segundo denúncia da mãe do auxiliar de contabilidade Ricardo da Silva Brito, o filho e o autônomo Reinaldo Nunes foram capturados por homens do 16º BPM (Olaria), levados de Caveirão até o Beco do Sacopã e executados. Na mesma operação policial, o jardineiro Alexandre Correia foi baleado no pescoço e morreu a caminho do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Parentes disseram à imprensa que o rapaz foi atingido quando seguia para o Ciep Gregório Bezerra, na Penha, onde suas três filhas estudam.