14/02/2008 - 16:06

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OAB/RJ volta a pedir que pardais sejam desligados à noite

OAB/RJ volta a pedir que pardais sejam desligados à noite

 

 

Do Jornal do Brasil

 

14/02/2008 - Especialistas em trânsito e em violência pedem mais bom senso por parte da CET-Rio e da Secretaria de Transportes. Tanto o presidente da Comissão Especial de Acompanhamento e Estudo da Legislação de Trânsito da OAB do Rio, Armando Souza, como o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, Ronaldo Oliveira, acreditam que os índices de criminalidade devam ser levados em conta na hora de a prefeitura instalar pardais e lombadas.

 

"Defendemos o que é razoável. Há lugares em que o risco é notório, em que há perigo para motoristas. Ou se desliga o pardal a noite nestes pontos, ou, de forma alternativa, se reprograma a velocidade mínima da lombada", sugere Armando Souza, o representante da OAB.

 

Nas vias onde a CET-Rio instalou novas câmeras em sinais, a recordista de roubo de veículos é a Av. Santa Cruz, em Realengo. Foram 12 ocorrências em janeiro, várias delas de madrugada. Em segundo lugar, aparece a Av. das Américas, com oito carros roubados.

 

O delegado da DRFA não acha que a questão não se limita a dialética desligar ou não desligar os radares eletrônicos. Ronaldo Oliveira defende a necessidade de mais policiamento nas vias públicas e uma ação integrada dos órgãos públicos, com inteligência e monitoramento. "A prefeitura nunca pediu dados sobre roubo de carros nas áreas dos pardais. Também precisa levar em conta a vigilância e a iluminação desses locais. Temos que trocar informações para atender melhor o cidadão".

 

 

Por que 40 km/h?

 

Quando o motorista mais desatento tem de reduzir bruscamente a velocidade do veículo ao passar pela lombada eletrônica, sempre se pergunta por que o limite permitido é tão baixo. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Contran), Sérgio Damasceno, o órgão de trânsito municipal, no caso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), tem direito a colocar equipamentos que reduzam a velocidade até a metade do máximo permitido para a via. Logo, se em uma avenida os veículos podem trafegar a 80 km/h, a prefeitura pode instalar uma lombada de 40 km/h.

 

"O que conta, portanto, é a velocidade máxima permitida. Para calcular o limite, a autoridade de trânsito deve estudar as condições da pista e o fluxo de veículos", explica Damasceno.

 

 

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