Daniela Reis Na última terça-feira, dia 26, a Seccional promoveu um evento sobre regulação comportamental e nudges. Trata-se de uma iniciativa da Escola Superior de Advocacia (ESA), que vem promovendo uma série de palestras públicas e gratuitas sobre temas técnicos da advocacia. O coordenador de Direito Tributário da ESA, Felipe Rennault, aponta que muitos advogados enxergam o Direito Tributário e o Direito Empresarial como áreas muita distantes das suas rotinas diárias. Por isso, a escola pretende trabalhar para aproximar a comunidade jurídica e advogados de todas as idades da área tributária. Em sintonia com a proposta da ESA, a doutoranda em Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Carina Castro, apresentou a temática ao público de forma lúdica e ilustrativa. Ela afirmou que economia comportamental e normas sociais precisam ser estudadas porque o comportamento não consiste apenas em racionalidade, mas é profundamente impactado pela influência da irracionalidade. Nesse sentido, Castro esclareceu que o termo nudge descreve a construção de ambientes no espaço decisório para influenciar a tomada de decisão. Um exemplo seria a prática de restaurantes a quilo de colocar saladas em evidência para incentivar o consumo desses alimentos. Na sequência, o procurador da PGE/RJ, Thiago Cardoso Araujo, questionou a adoção de modelos econômicos únicos para explicar os fenômenos sociais. Para ele, a pluralidade de instrumentos pode captar de modo mais apurado a essência do ser humano: a capacidade de se adaptar à natureza. “A economia se tornou a maior aliada na construção de políticas públicas por conta da sua capacidade preditiva”, salientou em defesa de não deixar totalmente de lado a abordagem clássica, que considera o fator racional das escolhas.