07/11/2019 - 19:35 | última atualização em 07/11/2019 - 19:56

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A partir de relatos em evento, CDP da OABRJ fará relatório para notificar hospitais federais do Rio sobre casos de perseguição

Nádia Mendes

A situação dos hospitais da rede de saúde do Rio de Janeiro, em especial a rede federal, motivou o Centro de Documentação e Pesquisa (CDP) da OABRJ e a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OABRJ a realizar um evento conjunto tratando do tema. Com base nos relatos feitos ao longo do evento, o grupo irá produzir um documento para, posteriormente, notificar os hospitais. 

Além da situação de calamidade dos hospitais, o diretor do CDP, Aderson Bussinger, relatou que chegam à CDHAJ uma série de denúncias em relação a perseguição e uso político da administração dos hospitais públicos. "Com grande ênfase à perseguição de funcionários que criticam, denunciam e se opõe nas suas atribuições, de alguma forma, à administração pública dos hospitais", relatou. "É uma questão que transcende sindicalismos, é uma questão de cidadania. Qualquer servidor tem o direito de denunciar aquilo que entende como ilegal". 

Segundo ele, além de defender as prerrogativas da advocacia, cabe à OAB defender os direitos humanos e sociais. "O que acontece na saúde pública do Rio de Janeiro não pode ficar alheio a uma entidade que, estatutariamente, precisa defender os direitos humanos. Por isso, vemos a questão dos hospitais no Rio de uma maneira muito sensível", disse. 

Representando a CDHAJ, a membro da comissão Vanessa Gama colocou o grupo à disposição dos funcionários da saúde. "Entendemos a profunda relação dos direitos humanos e do social com a saúde. Entendemos que as crises política e econômica afetam diretamente os trabalhadores da saúde. Principalmente os trabalhadores da ponta, que são os que mais sofrem e os que estão segurando essa situação nesse momento tão difícil", disse, reforçando que a CDHAJ está de portas abertas e que, inclusive, tem um Grupo de Trabalho de Saúde. "Já era uma preocupação nossa ter um grupo para discutir a situação da saúde no Rio, tanto pro usuário quanto pro trabalhador", disse. 

Participaram do debate o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Securidade Social (CNTSS-CUT), Sandro Alex de Oliveira, a presidente do Sindicato das Enfermeiras do Rio de Janeiro, Mônica Armada, Naya Puertas, representando o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, José Antonio - do SINTSAUDERJ e Nelson Novaes Rodrigues da Federação Nacional dos Previdenciários.

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