13/09/2019 - 16:15 | última atualização em 14/09/2019 - 14:27

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Projeto de qualificação para pequenos e médios escritórios vai percorrer as subseções

Nádia Mendes

Seguindo a principal diretriz da gestão, a qualificação da advocacia, o secretário-geral da OABRJ, Álvaro Quintão, e o secretário-adjunto e diretor do Departamento de Apoio às Subseções, Fábio Nogueira, anunciaram nesta sexta, dia 13, um projeto que vai qualificar pequenos e médios escritórios em todo o estado do Rio de Janeiro. "Boa parte da advocacia está em pequenos e médios escritórios, e muitos não têm acesso a instrumentos de gerenciamento, softwares, conhecimento sobre marketing jurídico, por exemplo. Esse é o conhecimento que queremos levar", explicou Fábio, no painel que deu início à programação da tarde de trabalho do II Colégio de Presidentes de Subseção, que acontece até domingo, dia 15, em Macaé.

O projeto é um convênio entre a Ordem e o Instituto brasileiro de Pequenos e Médios Escritórios de Advocacia (Ibpea), que oferecerá cursos em todas as 63 subseções. "Não vamos ensinar ninguém a advogar, trataremos de questões práticas que dizem respeito ao dia a dia da profissão. Esse conhecimento pode se tornar mais dinheiro no bolso dos advogados", defendeu. Fábio adiantou que em breve será anunciado o calendário dos cursos nas subseções.

Para Quintão, os colegas saem das faculdades com domínio teórico, mas com muitas dúvidas sobre a prática da profissão. "Pago mais impostos sendo Pessoa Jurídica ou como autônomo? Como mantenho as relações com os clientes? Como posso me estabelecer? Essas são algumas das perguntas que observamos que os colegas, muitas vezes, não sabem as respostas. No curso, apresentaremos essas questões básicas, desde a formação da Pessoa Jurídica até o dia a dia, como se relacionar, manter e dar feedback para o cliente. Tudo isso adaptado ao contexto de cada região", adiantou. 

O presidente do Ibpea, Tiago de Mello Cunha, concordou que os colegas saem da graduação com muitas dúvidas e dificuldades. "A advocacia em 2019 mudou muito em relação à decada de 90, por exemplo. Quando optamos pela advocacia foi por que é uma profissão apaixonante, mas não podemos nos distanciar da necessidade de viver, levar comida para casa, ter prazer e qualidade de vida", disse.

Ele acredita que as ferramentas que serão apresentadas no curso vão facilitar a vida dos colegas. "Nós somos as pequenas bancas, que protocolamos a petição e atendemos o cliente logo em seguida, então temos que usar as ferramentas que nos ajudam nesse processo. A gestão não é mais um luxo, é uma necessidade e a advocacia precisa cuidar de sua organização interna", disse.

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