10/11/2008 - 16:06

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SindJustiça não atende mandados de pagamento e OAB/RJ irá à Justiça

SindJustiça não atende mandados de pagamento e OAB/RJ irá à Justiça

 

 

Da redação da Tribuna do Advogado

 

10/11/2008 - Diante da intransigência dos dirigentes dos serventuários da Justiça - que nesta segunda-feira completaram o 49º dia de greve, continuam se negando a atender a mandados de pagamento e, em muitos municípios, seguem sem abrir exceção para outros casos urgentes - a OAB/RJ vai buscar as medidas legais cabíveis para defender os direitos da população e dos advogados.

 

O fato de ser justa a reivindicação salarial não dá ao SindJustiça o direito de insistir numa forma de luta que já se mostrou ineficaz, pois não pressiona verdadeiramente o empregador - o governo do estado, que já deixou clara sua insensibilidade - e causa enormes transtornos à coletividade.

 

A verdade é que, em seu estágio atual, a greve dos serventuários, de instrumento legítimo de luta dos trabalhares, começa perigosamente a se aproximar de uma festa - sempre com pagamento dos dias não trabalhados garantido e emprego assegurado.

 

Quem tiver dúvida disso, que vá ao próprio site do SindJustiça-RJ.

 

Lá, na seção de Informes sobre a greve está, com destaque, a convocação para "uma galinha caipira com aipim" na porta do Fórum de um município do interior. O título da nota - "É caipira" - é de um mau gosto que não condiz com a gravidade da situação e demonstra que os dirigentes grevistas não se dão conta dos transtornos causados à população.

 

A galeria de fotos da greve, também no site do SindJustiça, está repleta de registros de churrascos, feijoadas e vários tipos de festa - nas quais não faltam sequer violão e música - diante de estabelecimentos do Judiciário fechados há quase 50 dias, para desespero dos cidadãos.

 

Mas, enquanto os dirigentes dos serventuários parecem considerar interessantes festinhas na porta de fóruns, alvarás de soltura não são expedidos, pessoas que precisam de liminares para garantir cirurgias urgentes ou pagamento de pensões alimentares se desesperam, sem ter a quem recorrer.

 

E se desesperam, também, advogados impossibilitados de pôr na mesa de suas famílias o pão de cada dia.

 

É hora de dizer em alto e bom som: a defesa de interesses corporativos tem limites!

 

É hora de os serventuários em greve organizarem imediatamente um esquema de atendimento dos casos urgentes - aí incluídos os mandados de pagamento para os advogados.

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