07/02/2009 - 16:06

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TJ pretende criar varas especiais para as milícias

TJ pretende criar varas especiais para as milícias

 

 

Do jornal O Globo

 

07/02/2009 - O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, disse ontem que pretende criar uma vara especial para julgar casos relacionados ao crime organizado, como os praticados por milicianos. Ontem, Zveiter recebeu a visita do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que lhe entregou uma cópia do relatório da CPI, concluído em dezembro do ano passado.

 

"Já estamos trazendo as varas criminais de Campo Grande para o fórum da capital. Agora, estamos estudando a viabilidade de criar uma vara especializada em crimes organizados, como sugere o relatório da CPI das Milícias", explicou o presidente.

 

 

Zveiter vai trazer varas de Bangu para a capital

 

Além das varas de Campo Grande, o próximo passo de Zveiter será trazer para a capital as varas criminais de Bangu, onde também são julgados casos referentes às máfias que exploram os caça-níqueis, além das milícias. O magistrado prometeu analisar o relatório de 282 páginas da CPI .

 

"O impor tante é fazer acontecer o que foi proposto pela CPI. A luta contra as milícias não se encerra com a conclusão do trabalho da comissão. Pelo contrário, aí que o trabalho começa", afirmou Freixo.

 

O parlamentar pediu um cuidado especial do TJ em relação à comarca de Jacarepaguá, também na Zona Oeste, onde se concentra boa parte dos casos envolvendo milícias.

 

"A área de Jacarepaguá exige uma atenção especial e não tem recebido o mesmo tratamento dispensado à comarca de Campo Grande", alertou o deputado.

 

Freixo também tem reuniões marcadas com o novo superintendente da Polícia Federal, delegado federal, Ângelo Fernandes Gioia, na próxima segunda-feira, e com o novo procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, na sexta-feira.

 

Ele quer convencê-los sobre a importância de uma investigação mais profunda nos casos envolvendo milicianos, além de um controle mais rigoroso nas empresas de segurança privada.

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