13/05/2022 - 19:40 | última atualização em 13/05/2022 - 19:47

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Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OABRJ é homenageada na Câmara dos Vereadores

Clara Passi

A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OABRJ e conselheira seccional, Nadine Borges, recebeu, nesta sexta-feira, dia 13, a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a mais alta comenda da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Gaúcha de Canoas, a advogada recebeu ainda o título de cidadã honorária carioca. A iniciativa foi dos vereadores Paulo Pinheiro, Chico Alencar, Tarcísio Motta, Monica Benício, William Siri, Marcos Paulo e Thais Ferreira, todos dos Psol.

Nadine Borges é mestre em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense e autora do livro “Damião Ximenes: primeira condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos” (Editora Revan, 2009). Foi membro e presidiu a Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro em 2014 e coordenadora do Grupo de Trabalho responsável pela exumação dos restos mortais do presidente João Goulart.

Entre os presentes à homenagem estiveram o presidente da OABRJ, Luciano Bandeira, o da CDHAJ, Álvaro Quintão, também secretário-geral da Seccional, a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) e diversos membros da CDHAJ. 

"Agradeço muito, sobretudo ao Chico Alencar e ao Paulo Pinheiro, dois bastiões da democracia, defensores do Estado democrático de Direito, da democracia. Esta homenagem referenda não só aquilo que fiz, mas a luta coletiva contra o fascismo. A luta que travamos hoje é em defesa da humanidade e, à frente da Vice-Presidência da CDHAJ, posso hoje, na vida concreta, defender a vida daqueles mais vulneráveis”, afirma Nadine.

Ao discursar, Luciano contou ter conhecido Nadine à época em que a advogada integrou o núcleo da Comissão Estadual da Verdade  no Rio de Janeiro. 

“O Brasil é um país que passa pelo processo de esquecer e não enfrentar as razões para seus problemas atuais. A falta de punição dos torturadores, daqueles que participaram da repressão na última ditadura militar é mais uma expressão disso”. 

“Nadine é uma grande lutadora dos direitos humanos, e nos últimos três anos, a Ordem atuou de forma enfática nessa pauta. (Raymundo) Faoro falava que o  Brasil é o país da legalidade sem legitimidade. Essa luta pela defesa dos direitos humanos que Nadine enfrentou e continua enfrentando ajuda a lançar luz sobre nossa questão fundamental: a do Estado que ainda vive um ar de legalidade sem legitimidade".

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