21/12/2017 - 17:58

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Representação feminina ainda é desafio na advocacia

21/12/2017 - 17:58

Representação feminina ainda é desafio na advocacia

Mesmo já representando metade dos quadros da Ordem, as advogadas permanecem sendo minoria nos cargos de chefia nos grandes escritórios. Para debater esses e outros desafios enfrentados, a Comissão de Gestão Jurídica (CGJUR) da OAB/RJ, presidida por Felipe Asensi, promoveu um encontro em 13 de novembro.
À frente da OAB Mulher, Marisa Gaudio participou da abertura. Membro da CGJUR e fundadora do Projeto Plenas, Juliana Ribeiro falou sobre o projeto, que procura ajudar mulheres que passaram por relacionamentos abusivos.

O advogado Alan Maurano Savedra abordou uma pesquisa sobre a situação das mulheres em grandes escritórios, na qual percebeu que os estigmas do gênero feminino na advocacia ainda são muito fortes.
 
“Quando se pergunta a um sócio de um grande escritório porque ele não contrata mulheres, ele baseia seus argumentos na jornada dupla ou tripla da mulher, no fato de quererem engravidar e, pasmem, até nas variações hormonais. A advocacia é uma das profissões mais machistas e, ainda hoje, o imaginário coletivo vê no homem de terno a figura do advogado e a seriedade da profissão”, explicou.

Advogada há 25 anos, Renata Precht defendeu que o papel da mulher na advocacia ainda tem que ser encontrado e definido. “E isso tem que começar por nós, mulheres. Muitas vezes não sabemos nos posicionar nessa sociedade, principalmente na advocacia, e nos contentamos com pouco. Como muitas vezes dizemos, nos contentamos em ser entregadoras de papel. Só que eu acredito que estamos muito além”. 
 

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