A Comissão de Direito Constitucional (CDCon) reuniu especialistas, no dia 27 de novembro, para debater temas ligados à regulamentação dos jogos no Brasil. A presidente do grupo, Vânia Aieta, coordenou os trabalhos que contaram com a participação do presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), Sérgio Ricardo de Almeida, do presidente do Instituto Jogo Legal, Magno José, e do membro da CDCon Paulo Horn. “Temos que mostrar o outro lado, só dessa forma iremos convencer a sociedade sobre as nossas teses”, pontuou Vânia.

 O presidente da Loterj destacou que o grupo está intimamente ligado à vida do povo fluminense. No começo de setembro, o governo federal liberou o leilão da Lotex, braço de loterias instantâneas da CEF. “Começou uma perseguição das loterias estaduais”, disse, ressaltando que a licitação exige uma venda de raspadinhas que poucas empresas no mundo teriam condições de vender. “Isso acabará criando um monopólio com pouca concorrência, para entregar as loterias ao capital internacional”.

Magno José falou do preconceito em relação aos jogos, na opinião dele bastante motivado pelo longo período de proibição. “No mundo inteiro são tratados como uma indústria que gera tributos e empregos, ao contrário do que ocorre aquil”, defendeu. Segundo José, só o jogo do bicho emprega hoje cerca de 450 mil pessoas. “O terminal que faz o jogo também vende crédito de celular e faz apostas esportivas. Entendemos que o mercado pode formalizar imediatamente 450 mil empregos, além de gerar 150 mil novos”, observou.