13/12/2013 - 15:40

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Caarj: nova estrutura e mais serviços

13/12/2013 - 15:40

Caarj: nova estrutura e mais serviços

Ex-tesoureiro da OAB/RJ, Marcello Oliveira conseguiu, com planejamento, expandir neste primeiro ano de sua gestão na presidência da Caarj o escopo de atuação da entidade, aproximando-a ainda mais dos advogados. Com uma nova estrutura, dividindo os serviços em eixos, a Caixa passou a atuar também nos momentos de lazer dos colegas, o que, para Marcello, tem ligação direta com a qualidade de vida. “Hoje podemos dizer que, quem tem interesse, consegue identificar pelo menos um produto ou serviço que tenha relevância para o seu dia a dia”, afirma o dirigente da Caixa nesta entrevista.
 
Quais as principais metas desta gestão?
 
Marcello – Além de organizar estruturalmente a programação para o triênio, uma das principais metas este ano era conseguir dar mais visibilidade e mobilidade à marca Caarj. Sempre foi nossa preocupação ter uma unidade de serviços, mas operacionalmente era importante que pudéssemos dar um viés diferente para a Caixa, para que ela tivesse um valor para a comunidade jurídica do estado, em especial para a advocacia. Esse sempre foi o nosso desafio. Hoje, a OAB/RJ e a Caarj estão muito presentes na vida dos colegas e oferecem todo o amparo que eles possam precisar, mas nem todos têm conhecimento dos produtos e serviços. Queremos justamente que esses benefícios sejam disseminados. Nós decidimos parar de tentar apenas atrair o advogado e vamos ao seu encontro – tanto no Fórum quanto nos locais de lazer que frequenta. Esta tem sido a forma de nos aproximarmos.
 
Como é administrar as dívidas da Caixa e ainda ampliar os serviços?
 
Marcello – A dívida de R$ 74 milhões resultante, ainda, do extinto plano de saúde administrado pela Caixa foi reduzida pela metade nas gestões anteriores à minha, mas logo depois fomos informados através de atuações fiscais de que o plano também gerou um acúmulo significativo de dívidas de natureza fiscal: mais de R$ 400 milhões. Por isso, estamos agindo com iniciativas no Supremo Tribunal Fedetal (STF), pedindo que seja reconhecida a imunidade tributária da Caixa. Se a OAB tem essa imunidade, a Caarj, que é seu braço assistencial, deve ter também. Esse pleito hoje tem perfeito alinhamento com o Conselho Federal. Mas não viemos para a Caixa apenas para administrar débitos. Viemos para buscar alternativas e identificar quais outros produtos e serviços podem ser oferecidos aos advogados. Acho que estamos conseguindo fazer isso em 2013, criando uma imagem da Caixa a partir de um novo conceito do que é assistência.
 
Qual é essa nova visão da Caarj sobre assistência e saúde, e como essas áreas são trabalhadas?
Marcello – Para começar, hoje não ficamos restritos à assistência clínica e laboratorial. Recompensa muito mais para a entidade e para o próprio beneficiário ter ações voltadas a estimular o advogado a ter uma vida saudável. E foi com base nesse princípio que passamos a identificar o que chamamos de eixos de atuação, dando mais clareza ao colega sobre os produtos e serviços disponíveis e mostrando que queremos atuar em outras áreas, que na nossa concepção também trazem qualidade de vida e uma melhora no desempenho profissional.
 
Os eixos e as novas áreas de atuação foram os destaques da gestão. Como funcionam e quais os principais serviços de cada um?
 
Marcello – Todos os trabalhos que a Caixa tradicionalmente faz desde a sua fundação, de assistência aos profissionais em dificuldades, estão no eixo Social. Dois exemplos são programas inaugurados na gestão do presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, à frente da Caarj: o Projeto Nascer e o Projeto Aprender.
No eixo Vida, incorporamos os serviços de saúde, como o Goldental; o programa Prevenção itinerante, que vai a cada subseção levando medição de glicose, colesterol e pressão; e um serviço novo e interessantíssimo: a vacinação. Este ano, vacinamos contra a gripe mais de 3,5 mil profissionais. Uma adesão de sucesso, que foi possível graças a contatos que fizemos com prefeituras.
Também inauguramos dois outros eixos: Bem Estar e Cultural. O Bem Estar visa a tirar o advogado do sedentarismo e ajudá-lo a criar hábitos mais saudáveis. O carro-chefe dessa linha hoje é o projeto Tendas Caarj – espaços montados em áreas de lazer com profissionais habilitados a orientar os colegas e seus familiares na prática de exercícios físicos. Mas estamos buscando ainda outras formas de trabalhar este eixo e o convênio que acabamos de firmar com o Sesc Rio vem justamente ao encontro disso.
O eixo Cultural talvez seja o último a ser desenvolvido, porque queremos estruturar o Bem Estar primeiramente. Mas algumas iniciativas bem interessantes já foram feitas, especialmente parcerias com teatros. O Caarj cultural dá descontos para o advogado e um acompanhante em espetáculos específicos. Tenho certeza de que com tudo isso e mais os serviços que a OAB/RJ já oferece, devolvemos a anuidade que o advogado paga em dobro, talvez triplamente.
 
Como será possível expandir os dois novos eixos?
 
Marcello – Começamos o Cultural com o teatro pela facilidade para celebrar os convênios, até por conta da pouca divulgação que se consegue hoje para os espetáculos. Mas queremos expandir o eixo para cinema, música e outras formas de expressão artística. A intenção é, por meio do contato com as subseções e com os delegados da Caarj, buscar singularidades de cada região para entender qual produto pode ser oferecido. E com o Bem Estar estamos seguindo a mesma lógica: pesquisando as demandas de cada área do estado, os pontos ideais para a instalação das tendas e como cada uma deve funcionar. 
 
A inserção das famílias dos colegas nos benefícios tem ajudado a aproximá-los da Caixa?
 
Marcello – Sem dúvida. Identificamos que era fundamental que não separássemos o advogado de sua família. Se queremos atuar em seu lazer, é preciso acolher um parente ou amigo que esteja com ele naquele momento. Buscamos serviços com essa possibilidade.
 
A Caarj contratou duas pesquisas para ter uma visão de comportamento, de saúde e da situação socioeconômica do advogado. Fale um pouco sobre elas.
 
Marcello – São duas pesquisas que farão com que a Ordem, a Caixa, o Rio de Janeiro e os demais estados possam se comunicar melhor com o advogado. A primeira, realizada pelo IBGE, é um filtro do Censo de 2010. Nela, conseguiremos entender qual é o perfil socioeconômico da classe. A partir daí saberemos como atuar na vida profissional do advogado, que oscila muito em termos financeiros. Teremos uma fotografia do início da carreira até os últimos anos de profissão, antes da aposentadoria, com informações, inclusive, sobre a interferência da questão de gênero: como se comporta o homem advogado e a mulher advogada. A segunda é incipiente, ainda estamos trabalhando a sua base. Será realizada em conjunto com um núcleo da Fiocruz e vai traçar um perfil de saúde do profissional de advocacia.

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