03/08/2018 - 21:04

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Propaganda de empresa no IV JEC gera críticas

03/08/2018 - 21:04

Propaganda de empresa no IV JEC gera críticas

Quem entra no IV Juizado Especial Cível, no Catete, vê logo um cartaz com a logomarca da NET, uma das empresas mais reclamadas por consumidores naquela serventia. Junto à porta do elevador, mais um, com o mesmo layout e o slogan O mundo é dos nets. No quarto andar, um outro ocupa toda a parede de uma pequena sala onde funciona o Expressinho NET – serviço da companhia instalado para atender quem se dispõe a tentar um acordo antes de acionar a operadora.
    Indignado, o advogado João Agrício da Silva Aquino procurou a OAB/RJ para protestar contra o que considera “flagrante proteção” da empresa em uma dependência da Justiça. “Na minha opinião, o Judiciário jamais poderia se prestar a esse papel. É de, no mínimo, causar muita estranheza e grande constrangimento aos que desejam processar a NET”, diz Aquino, acrescentando que, a relação diária de funcionários da companhia com o juizado, “se já não nasceu como fruto de total imparcialidade, indubitavelmente faz florescer ao longo do tempo tal aspecto”.
     A juíza do IV JEC, Lúcia Glioche, defende o serviço, que também é prestado lá pela Telemar – só que sem a exposição da logomarca -,  outra das mais reclamadas. “Quando assumi, em fevereiro do ano passado, percebi que a NET, a Claro e a Telemar eram as que mais recebiam queixas de consumidores. O chamado Expressinho é um modelo que já existe há uns sete anos com a Telemar e resolvi experimentá-lo com a NET”, diz a magistrada. “Ainda não usamos o padrão do Judiciário para os cartazes porque o convênio não foi formalizado e precisávamos divulgar ao público a existência do box de conciliação. São firmados pelo menos três acordos por semana, evitando que as reclamações se tornem ações judiciais”, sustenta, informando que não fez o mesmo com a Claro porque ainda tem dúvida sobre a sede da companhia ser no Rio de Janeiro.
 

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