10/04/2013 - 15:07

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Condição humana e Emily Dickinson em peças com desconto pelo projeto Caarj Cultural

10/04/2013 - 15:07

Condição humana e Emily Dickinson em peças com desconto pelo projeto Caarj Cultural

O projeto Caarj cultural, que dá descontos de 50% em produções teatrais para advogados e um acompanhante, oferece duas opções este mês. Até 21 de abril, está em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, o espetáculo Ah, a humanidade! E outras boas intenções, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Com direção de Murilo Hauser, são encenadas cinco peças curtas do dramaturgo norte-americano Will Eno, em que os atores Alice Borges, Claudio Mendes, Guilherme Weber e Renata Hardy interpretam situações cômicas e frágeis – como uma coletiva de imprensa, uma gravação de vídeos para uma agência de encontros, o pronunciamento de uma companhia aérea após um trágico acidente e a reconstituição de uma fotografia de guerra. A produção foi contemplada com o Prêmio Montagem Cênica 2011, com o patrocínio da Petrobras e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.
 
Outro espetáculo com desconto para os colegas é Emily, que está em cartaz até 9 de junho, no Teatro Poeirinha, em Botafogo, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h. A peça traz a poeta americana Emily Dickinson, interpretada pela atriz Analu Prestes, contando suas histórias, conflitos, seu amor pelas letras e seu jeito particular de ver o mundo. 
 
Eduardo Wotzik, diretor de Emily e responsável também pela adaptação da peça, fala sobre a concepção do espetáculo
 
A vida de uma poetisa americana do Século 19 pode sensibilizar o espectador brasileiro hoje?
 
Eduardo Wotzik – A peça não é uma bibliografia, nem uma biografia da personagem, mas uma extração do que acredito servir ao nosso mundo contemporâneo sobre a vida daquela que é considerada a maior poeta de língua inglesa de todos os tempos. Emily é um espetáculo sobre o respeito à natureza, o cuidado com a vida, com os detalhes, sobre a delicadeza com o outro, com as pequenas coisas, com cada elemento que nos reveste. É sobre uma mulher que praticamente nunca saiu de sua casa, e assim mesmo teve uma vida extraordinária, capaz de nomear e dar cidadania a cada elemento com que convivia.
 
Você já realizou uma parceira com o Caarj cultural anteriormente, que se repete agora com Emily. O retorno tem sido interessante?
 
Eduardo Wotzik – Nossa parceria tem sido um sucesso. Considero as alianças entre mundos aparentemente tão distintos sempre muito produtivas para a sociedade. Não somos partidos, a arte e o Direito têm muito com que dialogar.
 
O teatro tem atraído mais público?
 
Eduardo Wotzik – Com certeza. O teatro tem uma força misteriosa, de impossível compreensão e desvelamento. Entra governo, sai governo, com crise ou sem crise, com patrocínio ou sem patrocínios, mandos ou desmandos, com dinheiro ou sem dinheiro, ele continua lá, necessário, potente e vivo.

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