11/04/2017 - 12:11

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Histórias de coragem iniciam programação

11/04/2017 - 12:11

Histórias de coragem iniciam programação

Iniciando sua programação especial para o Dia Internacional da Mulher, a OAB/RJ realizou no dia 6 o evento Mulheres incríveis, histórias extraordinárias, que apresentou relatos de mulheres com deficiência que vencem diariamente preconceitos e inúmeros obstáculos para sua realização profissional e pessoal.

O evento foi promovido pela Comissão OAB Mulher em conjunto com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD) da Seccional, além da empresa Emprol, e teve como convidadas a nadadora medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos de 2016, Susana Schnarndorf, a campeã paralímpica no lançamento de disco Rosinha da Silva, e a jornalista e escritora Jéssica Paula.

Segundo a presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, a iniciativa foi uma forma de homenagear as mulheres com deficiência, para quem a comissão pretende dirigir seu foco este ano. No início de fevereiro, a OAB Mulher e a CDPD firmaram uma parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro para criar um grupo de trabalho de combate à violência contra este segmento da população feminina.

Primeira palestrante, Susana Schnarndorf contou sobre sua relação com o esporte desde criança e sobre como se tornou uma triatleta de sucesso, até que os primeiros sinais da MSA (sigla para atrofia do múltiplo-sistema, uma doença degenerativa e autoimune) começaram a surgir, em 2005.

“O médico me deu seis meses de vida e estou há 12 anos com a doença. Perdi muitas coisas, entre elas a mais preciosa para mim: o convívio diário com os meus filhos. Mas fui salva pelo esporte”, contou Susana, que participou das Paralimpíadas de Londres em 2012 e, em 2013, desacreditada após seu problema de saúde piorar, foi campeã mundial de natação paralímpica em sua categoria.

Outra vida transformada pelo esporte foi a de Rosinha dos Santos, que emocionou a plateia ao contar detalhes de sua infância pobre em Pernambuco, quando presenciava sua mãe ser agredida por seu pai. Com 18 anos, Rosinha foi atropelada por um caminhão, o que resultou na amputação de sua perna esquerda.

“Negra, pobre e deficiente. Achei que seria muito difícil sobreviver com tantas opressões”, disse ela. O convite para ser atleta paralímpica abriu a porta para um universo que ela não sabia existir: “Nunca tinha ouvido falar em esporte para deficientes. E de repente vi tanta gente na mesma situação ou até em outras mais difíceis que a minha e sorrindo, vivendo”.

O evento foi apresentado pelo atleta paralímpico Clodoaldo Silva e pelo músico Gabrielzinho do Irajá.
 

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