11/04/2017 - 12:10

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Lutas são destaque em debates no Dia da Mulher

11/04/2017 - 12:10

Lutas são destaque em debates no Dia da Mulher

A Seccional discutiu, no dia 8 de março, a posição da mulher na sociedade brasileira. Na abertura do evento, a presidente da Comissão OAB Mulher, Marisa Gaudio, afirmou que “o Dia Internacional da Mulher é histórico, momento em que a gente precisa comemorar direitos conquistados, mas ainda também falar sobre os muitos desafios que temos pela frente. A intenção é levantar alguns temas e propor reflexões”.

Representando o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, o coordenador das comissões temáticas e procurador-geral da OAB/RJ, Fábio Nogueira, destacou que o país atravessa um momento complicado em relação a retrocessos e, por isso, é importante falar sobre não voltar atrás em conquistas sociais. “Tenho duas filhas de cinco anos e espero, sinceramente, que no futuro elas possam viver em uma sociedade igualitária, fraterna, uma sociedade em que discursos de defesa dos interesses das mulheres saiam do papel e ganhem concretude. Espero que elas possam viver em uma sociedade muito melhor do que a que a gente vive hoje”, disse.

A secretária-adjunta da Ordem e diretora de Inclusão Digital da Seccional, Ana Amelia Menna Barreto, pontuou que é inadmissível, ainda hoje, as mulheres receberem menos que os homens. “A gente trabalha, e bastante. A única coisa que queremos é ter direitos iguais. É inexplicável termos salários menores que os homens. Todos os dias são para comemorar e nós continuaremos trabalhando para fortalecer nossos direitos iguais. Lugar de mulher é onde ela quiser”, enfatizou.

O evento foi organizado também pela Comissão de Direito da Criança e do Adolescente (CDCA) e pela Comissão de Direito Homoafetivo (CDHO). A presidente da CDCA, Silvana do Monte Moreira, destacou que é preciso tratar crianças e adolescentes como sujeitos de direitos. “Uma menina adolescente não pode ser simplesmente usada e largada, sem ter os seus direitos e sua identidade preservados. O estupro de crianças e adolescentes é uma realidade no Brasil. Lamentavelmente, ainda temos essa cultura machista de que mulher, independentemente da idade, nasceu para ser usada. É contra isso que devemos lutar”, disse. 

À frente da CDHO, Raquel Castro lembrou que a situação de mulheres lésbicas e transexuais é bastante complicada, pois, além da misoginia a que todas as mulheres estão submetidas, elas também precisam lutar contra a lesbofobia e a transfobia. “A luta das mulheres lésbicas e transexuais ainda está muito no início. A maior opressão, hoje, quando falamos sobre esse tema, é em relação à invisibilidade. O que não é visto, não é lembrado. Se você não dá visibilidade a essas pessoas, elas não têm direitos. Nós, mulheres, ainda temos muita luta pela frente. Quando a gente fala ‘mexeu com uma, mexeu com todas’ queremos incluir mulheres heterossexuais, lésbicas e transexuais”, concluiu.
 

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